O ano se vai,
é o tempo que voa,
é o tempo que passa,
não volta, é fumaça.
O que fica é historia,
contada ou cantada,
é passado, é saudade,
é memória,
Memória da vida,
da coisa brigada,
da mulher amada,
da luta sofrida.
Lembrança que resta?
É marca indelével,
é brisa no vento,
alegre ou funesta.
Mas no ano que vai,
no tempo que voa,
algo não passa,
mas volta,
retorna com graça.
É a paixão encontrada,
que na sacada do tempo,
cantante e alegre,
sorri debruçada.
Lembrança presente,
do dia que corre,
perfumada brisa,
que resta, não morre.
É o encontro marcado,
e entre beijos e acenos,
entre afago e carícia,
o amor revelado.
Mais um ano ainda vem,
do tempo que voa,
ansiado futuro
que promessas contem.
Promessas seladas
no ano que vai,
de espargir tão certeiro
quanto o da gota que cai.
Espargir-se haverá,
com aromas de flores,
com recamos de cores,
no porvir que será.
Pro futuro de agora,
para o tempo que vem,
há de ser uma aurora,
o amor do meu bem.
Manito O Nato