Na noite que serve para levar com o vento os sonhos,
A deusa, que em seu leito de culpa e pesar,
Derrama lágrimas por aquele que não foi capaz
De um sorriso, fazer brotar nos doces lábios.
Canta para si, cantigas de amor,
Enxuga as lágrimas com o vento,
Que faz sentir-se só.
E como a quem pede a Morfeu,
Apenas paz para sua alma,
Que aos poucos se perde na pálida e sombria noite,
Fazendo com que suas escolhas,
Sejam um enorme fardo a carregar.
Tornando a beleza que tem como dom,
Ser vista apenas como uma pétala
E não mais como flor,
Com a qual desperta para vida.
No florescer de primavera em pleno verão
Fazendo enaltecer Vênus,
Em um doce acorde de harpa,
Faz com que até os anjos,
A sintam em tamanha beleza.
Capaz de fazer do Éden um mero jardim,
Dom natural com o brilho de uma fonte inesgotável de bondade,
Consegue que seu sorriso,
Seja mais belo que todas as estrelas da noite,
Que há observam em seu leito de sonhos.