Sem expectativas, sem sofrimento

Não fique triste meu amor,
não quero ver lágrimas no seu rosto,
já sei, experimentei já o gosto,
E não gostei do sabor…

Do sabor de uma ilusão,
Diferente dos contos de cinema,
Diferente dos lindos poemas,
O sabor da solidão…

Mas não a solidão de estar só,
Mas a pior de toda solidão,
Perdido na multidão,
Traçado, perdido num nó…

Num nó que não se desfaz,
Num labirinto sem saída,
Perdido na própria vida,
Na guerra, sem previsão de paz…

Mas essa guerra é perdida,
Mas vou te contar um segredo,
Viva, mas viva sem medo,
Aproveite o melhor da vida…

Mas não crie expectativas,
Não planeje nada contando com outrém,
Pois nem tudo que vai, é o que vem,
E amor, amor não é comida…

Ninguém morre sem amor,
Mais fácil morrer sem amigos,
amigos, é liberdade, é abrigo,
é amor ausente de dor…

Mas o que quero dizer,
É que hoje irei partir,
mas quero ver você sorrir,
Nunca quis vê-la sofrer…

Não espere nada de mim,
Pois como vento, vou embora,
E minha alma, ela chora,
Mas sabe que não é o fim…

E quem sabe um dia na frente,
Te encontro nas ruas da vida,
nas páginas ainda não lidas,
E tudo pode ser diferente…

Mas não me espere por favor,
e quando menos esperar,
o vento há de soprar,
Trazendo-me de volta o seu sabor…

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