De tanto amor vou definhando.
Às vezes me pego tristonho, chorando.
Um amor puro, bonito, tão intenso,
Não era para assim ser vivido.
Um amor represado como este,
Precisa desaguar em algum lugar
E isso me dá medo…
Medo de inundar aquela a quem
Meu amor, possa dar.
Mas com sinceridade;
Como você não há ninguém.
Mesmo não querendo, lembro de você.
Tento de todas as formas te esquecer,
Mas meu amor é maior
E a lembrança de você
Em meu coração, vem morar.
Lembranças de um dia em que pra você
Eu era tudo; o seu, o nosso futuro.
Hoje para você, sou um nada; nem passado,
Apenas uma página mal escrita, descartada,
Retirada do livro de sua vida…
Nenhuma lembrança de mim em você se faz.
Do passado, uma amnésia tomou conta.
Em você, existe somente o presente.
Pena que disso, não sou capaz!
O que mais me dói
É a lembrança de suas palavras.
É o calor de seus beijos, dos seus braços
Me apertando contra o seu corpo, tornando-nos uno.
Dos seus olhos transmitindo tanta alegria, tanto amor.
Há! Quanto amor desperdiçado,
Encostado, isolado, reprimido,
Que vai se calejando e deteriorando;
E talvez quando adormecer; tudo morra,
O corpo e a alma dilacerados,
Caídos em um canto qualquer…
Mas tenha certeza que o meu amor por você,
Comigo morrerá, residindo em meu coração!…
(PEREZ SEREZEIRO)
José R.P.Monteiro – SCSul SP [email protected] [email protected]