Regina Ferreirinha
Raiar da brisa, que te chamas a alma
Ei-la a princesa nua que és tão bela;
Gozo amoroso a vê-la a roupa dela,
Inda amas a verdade, e que me acalma
Nos teus lábios me sentiste os meus beijos.
Amo-te como amigo, eis-me os harpejos!
Falas a mim – como o alvor a adorar-me!
Ei-la a donzela do sol, que és tão doce
Raiar da volúpia que o olhar me fosse…
Ranger da sedução que vens a amar-me.
Eis-me o jovem ardente que és meu peito,
Inda que me ames como bela amiga.
Raiar ao corpo já vens a fadiga…
Inda que me ames como amor perfeito,
Nos teus vultos me vens a doce viga.
Hei de lamber-te tanto amor ardente;
Amo-te como amigo do amor quente.
Autor:Lucas Munhoz