Confio em ti…
Em tua habilidade para governar,
Teu instinto oportunista,
Teu talento para o poder.
Ainda hoje espero por ti…
Aguardo em minha cela pútrida.
Sozinha, calada, esquecida e sofrida.
Aguardo no chão frio e molhado.
Anseio pelo teu beijo cálido…
Por teus cabelos loiros,
Teu sorriso amável.
Por ser novamente tua rainha.
Às vezes olho pela janela…
De minha cela fria e escura.
Procuro teu rosto na multidão
Com angústia terrível no coração.
Em meio aos ratos e ossos,
Aos gritos de medo e desespero,
Lembro-me das tuas vítimas,
E que tiveram o que mereceram.
Agora não sou nada.
Uma mera escrava de cabeça raspada.
Triste, melancólica e derrotada.
Sem ti, não sou nada.
Mas ainda tenho esperança. Vã esperança.
De ter você novamente em meus braços,
Para cumprirmos nosso destino.
Para, enfim, reinarmos…