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Teus olhos contam tristezas antigas
De terras longínquas
Das quais esquecestes que um dia andaste
De que um dia tanto amaste
Tanto sonhaste…
Eram terras de cumes e vales verdes
Cachoeiras e cascatas encantadas
Solo fértil e flores perfumadas
Sem essas barreiras ou paredes
Das tuas novas fortalezas
Que fizeste com carinho
Para chorar todas as tuas tristezas
Para tentar curar-se sozinho
De toda dor…
Toda essa tua dor…
Teus lábios calam,
Teu rosto conta
E vai revelando aos pouquinhos
Aquilo que os gestos exalam
E o vocabulário monta
Em frases em desalinhos.
És fera ferida
Na alma pela vida
E acuada, matem-se acolhida
Silenciosa em teus medos
Guarda teus segredos
Jogando sentimentos a esmo
Do alto da torre
Aonde matas e morres
Todos os teus sonhos ocultos
Que teus olhos tristonhos procuram,
O amor.
Clarice Ferreira