O escuro da noite em mim!

Não sei do onde venho
O farol não ilumina a esta distancia
Mas confio nos seus instintos
Um sorriso pode te esventrar inteiro
Um abanar de coxa pode ser o teu fim

Trouxe-me para junto de si
Abanou o corpo e a alma
Esvoaçou os seus crispados cabelos
Pediu-me baixinho que a levasse comigo
Hoje já não sou eu… Não resisti a tanta comoção, não sou distante o suficiente
Quando tudo parecia sussurrante, suspiraste!
Mergulhei nas suas negras aguas e renasci
Sou eu para todos os outros menos para mim
Serei o pai que queria agora? Serei o vento livre que nos fustiga as vontades e nos chama para iluminar as verdades
Estou em mim numa selva que nunca tinha descoberto
Sou já tão negro como a noite que me invadiu
Regresso a ela sempre que possa até um dia não regressar
Esse e a minha maldição a minha Cruz o meu fado a minha doença mas talvez se torne a minha salvação!
Vem noite traz a tua negritude para junto de mim!

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