Cai a noite,
imudece o canto
mudam as estrelas
não tem nuvens
não tem poeira
não tem você.
Sobra o cansaço
não tem vulto,
vulto não tem
não vem o amor
o amor não vem
e sobra eu,
me delirando
em silêncio.
Remonto pedaços,
de um quebra cabeça que não fiz,
me atrapalhei não consigo montar,
meus olhos tão razos dágua,
não consigo chorar.
Coração não sabe sorrir,
vou sair por aí,
e me perder no deleite do amor,
vou acordar a rosa que já adormece
aguardando o orvalho cair.
Do meu jeito vou umedecer
seus lábios,
vou prometer,
vou fazer com ela um noturno amor.
Vou roubar-lhe a melhor cor,
deixar-lhe as escuras,
te darei ternura,
contarei as estrelas com você,
gotejarei sereno,
falarei de amor.
Autor…Jairo Ferreira de Matos.
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