Das profundas noites silenciosas
ouço o triste sibilo do vento
nas horas mortas as sombras tenebrosas
me abraçam com todo o seu tormento.
Um silvo melancólico e prolongado
me assombra e fere os meus ouvidos
o frio imenso deixa meu corpo gelado
o coração bate forte no peito dolorido.
Desliza no olhar uma cascata de pranto
baila na mente um só pensamento
as trevas me cobrem com o seu negro manto
e ninguém ouve o meu triste lamento.
Com passos incertos caminho sem direção
procurando no meu céu um sinal de aurora
o peso da minha cruz me esmaga no chão
um simples raio de luz minha alma implora.
Esta longa noite da minha solidão
inesperadamente se fez presente em minha vida
me foi imposta pelas chamas de uma louca paixão
na imprudência de uma aventura proibida.
Com o impacto da explosão os fragmentos
destruíram toda luz no meu raio de visão
e agora eu não sei por quanto tempo
terei que viver nesta longa escuridão…