Majestosa e elegante,
Clareias a minha noite,
Com tua luz prateada.
Escondes tantos segredos,
Contados com todo enredo,
Por estar apaixonada!
Luzes artificiais,
Dispenso! Se tornam banais,
Ante teu brilho e teu encanto.
Tenho a noite iluminada,
Dentro, uma alma calada,
Dando vazão ao meu pranto.
Quis mostrar-te uma relíquia,
Que, no baú, fui buscar.
Era uma boa lembrança,
Dos meus tempos de criança,
Pois assim eu me sentia.
Vivia um amor inocente,
Que me transformou em demente,
Levando minha fantasia.
Sem coragem, não mostrei.
Eram versos que entreguei,
A quem não soube me amar.
De ti, senti vergonha,
Pois se me veres tristonho,
Comigo, eu sei, vais chorar.
Teu luar, tua formosura,
Lágrimas não podem ver.
Transmites tão só a ternura.
Para mim tu és luz e saber,
Ao poeta levas candura,
Meu amor, fazes crescer!