Baladas sensuais
III
Julieta dengosa
Foste o meu amor sereno…
Inda o licor formoso, amando
Que às belas margens um lindo ano;
O sol luzente à flor, cantando.
Que eras a flor esplêndida…
O ar silente à luz, amando
À vargem, que a noite florida
Eras o olhar perfeito, cantando.
Inda és bela volúpia em leito;
Ao teu doce corpo em que o beijei
Que o fogo eterno ao doce coito,
Ao vosso delírio em que o tomei!
O fogo ardente à flor, amando
Que eras a bela Julieta à noite;
O alvor perfeito à luz, cantando
Como eras o fogo inocente…
A tua ardentia em que a amei,
O lampejo esse doce castelo…
Dá-me o sonho delirante ao estalo!
Ao doce castelo em que fui rei!…
Dá-me o leito deleitoso ao beijo,
Ao doce transe em que o senti
Que eras o amor fogoso sem pejo,
Ao corpo ardente em que te vi!…
O mar eterno à flor, amando
Inda eras o belo castelo, amor!
A flor serena ao mar, cantando
Eras o leito perfumoso à flor.
Autor:Lucas Munhoz