Pela manhã, insulta o dia
Ao se olhar no espelho, vazia…
De pensamentos, pela noite
Que fora embora, tardia, tardia…
Ao trabalho vai, e a tarde vinha
E lhes surpreende a noite, vadia…
Não lhes pergunte sobre o amor
Que fora embora, um dia, um dia…
Há quem dera, voltasse arrependida
O amor que a pouco a deixou…
Ou a noite que a tomava por vencida
A bebida que a tornara estarrecida
Pela manhã a acordou…
E sóbria reclamou o amor perdido.
(Soneto)
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Janeiro de 2009 no dia 07