A mãe amada e maravilhosa
Como o beijo dói… Que nos vimos a alma!
Beija-me o cálix d´ouro! Eis-me o bom fado…
Como a moda seduz… Amo-te a alvura!
Dos amores já vens a amar-me o amado.
Ergue-te o olhar amável… Que és mui doce!
Bela volúpia já vens a amar-me a alma;
Ó mulher do meu viver! Que és mui forte!
Deixa-me alçar os teus olhos sem palma.
Deixo-te amar os meus corações d´ouro!
Dos alvores já vens a amar-me o anelo;
À vaga eterna a ti… Quero-te o peito!
Quase a beijar a alva do teu cabelo…
Ó minha querida! Quase a arder o amor!
Amo, mas já me sinto a tua alcova…
Dos ardores já vens a amar-me o leito;
Aos beijos do alvor que sentes a cova…
Bela amiga já vens a amar-me o beijo;
Ali sentiste o meu viver que me amas,
Se me amares o alaúde que és mui bela!
Canta! Brilha! Que vens as belas chamas.
Ó minha donzela! Amo-te o forte alvor!…
Beija-me o colo eterno! Eis-me o perfume!…
Dos lábios já vens a beijar-me o vinho!
Amas, mas já vens o meu forte lume…
À tua amiga eterna… Ama-me o ardor!
Dos teus lábios já sentes a amizade;
A ti que és mui serena e doce em vida,
Beija-me o amor quente a vê-la a vaidade.
Ó minha amiga! Amo-te o forte alvor!…
Dos corações já vens a amar-me o colo;
A mim que és mui bondosa em avidez
Amo-te o amor eterno como Apolo!…
Autor:Lucas Munhoz
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