O amigo
Sentindo o amigo da vida;
E no céu viver do alarde…
Tenho a alma da cor fúlgida
Amo a bondade da tarde.
Amigo! O amor sem tristeza…
Fico a amar-te o doce olhar,
À frente do azo em beleza!…
Tens o anjo amável em mar.
Hás de sentir-me a amizade;
Que ao viver deu-me a ternura,
Ama o fulgor da bondade!
Eis-me o anjo da formosura.
O amor! És meu doce amigo…
O luzir da alma sem choro,
Tens a alma do Deus antigo
Sim, ao amor do céu sem soro.
Deus ama o forte respeito;
Ei-lo a fé eterna do amor…
Só viste o fulgor do peito,
À vossa afeição do alvor.
Ó coração! Eis-me o sorriso…
O afago deu-me ao bom seio,
Como a tua alma do siso!
Nos olhos a amar o anseio.
Autor:Lucas Munhoz