Passava eu pelo pasto
Em meio a manada febril,
Montado em um corcel tão negro
Que mais parecia anil…
O céu de um azul total
Nenhuma nuvem nele despontava.
O sol, de um calor sem igual,
O pasto verde queimava…
Em um momento louco de alucinação,
Um touro avança contra o corcel;
Seus chifres no peito, atinge o coração.
Confuso cai e senti o gosto do fel…
Sua pata, minha cabeça atingia.
O gosto negro da morte eu senti,
Então percebi que partia…
Mas, se faço hoje essas rimas,
É que a foice errou o alvo,
Porque Deus me permitiu mais dias
Para refazer aquele pasto…
José Roberto Perez Monteiro – SCSul – SP – [email protected] [email protected]