princesinha Daine

Ainda recordo-me com profunda dor e tristeza
Daquela que foi e será minha querida princesa
Que partiu desse mundo pela via do sofrimento
Princesinha Daiane, ternura da minha saudade.
O câncer te arrebatou sem compaixão e piedade
Ficou o meigo semblante em meus pensamentos.

Eu tive a felicidade e a ventura de te conhecer
Tanta doçura no seu olhar e no seu modo de ser
A meiguice transbordava nos sorrisos cristalinos
Quantas vezes eu tive suas mãos entre as minhas
Daiane você sempre foi e será a linda princesinha
Faz fluir do meu coração os sentimentos divinos.

Quando passo em frente da sua última morada
Onde a minha princesinha Daiane foi sepultada
A sua imagem graciosa acende em minha mente
Mentalmente envio um abraço forte e carinhoso
Desejando que o amor do nosso mestre amoroso
Possa envolvê-la em seus braços carinhosamente.

ANTIGOS CARNAVAIS (MEUS TEMPOS DE GAROT

Ah, minha Rocas querida
Quando entro na avenida,
Só me lembro de você.
Das suas escolas de samba,
Cabrochas e bambas
Que me fazem emudecer.

Ah, que saudade que eu sinto
Do mestre Lucarino
Na avenida a comandar.
E na Malandros do samba,
Melé foi mais um bamba
Que se fez eternizar.
E na Malandros do Samba,
Melé foi mais um bamba
Que se fez eternizar.

Aluízio Pereira,
Baluarte da Malandros,
Memória viva vive a contar
Dos antigos carnavais
Que junto com Meiuço
E Farrapo ia brincar.

Pelas ruas das rocas,
Canto do Mangue e Ribeira,
Era sempre assim,
Todos numa só folia
Que deixaram nostalgia
Que me faz cantar assim.

Nos meus tempos de garoto,
Bagunça de PV no Arial, eu via passar.
Tinha as tribos de Índios,
E eu como menino,
Papangu vinha amedrontar.
Tinha o pinto pelado,
Sainhas, ferro e aço
Pelas ruas a batucar.
Hoje eu só tenho saudades
Daqueles velhos tempos
Que não voltam nunca mais.

Aluízio Pizão – Edmundo de Souza

ONDE ANDAS, AMOR?

Vou buscando esquecer
Aquele momento que me fez sofrer.
Não consigo mais viver
Iludido assim com este querer.
Amor… Onde andas meu amor?

Não posso mais disfarçar
A tristeza em meu olhar.
Sou um homem infeliz,
Como te quis e ainda quero;
Isso me faz te esperar,
Mesmo sabendo que poderá
Esta espera ser em vão.
No meu coração está você,
Tentei arrancar, não consegui!
Onde andas meu amor? Amor!…

SAUDADE QUE SINTO

Antigamente a coisa era simplesmente,
Diferente de hoje, meu irmão.
A gente saia na noite,
Vivia na boemia,
De madrugada a turma ia se encontrar.

A gente brigava na mão,
Quando muito rolava, então,
Uma navalha para amedrontar.

Só que hoje tudo anda mudado,
Uma confusão termina em bala pra todo lado.
Mas que saudade que eu sinto,
Daquele tempo tão lindo,
Me reporto por um momento
E fico a relembrar,
De Zeca e dos Malandros,
Dos Sambas e das Cabrochas,
Da gafieira que eu ia pra dançar.

Das noites em que dormia
Numa calçada tão fria,
E acordava de manhã em plena paz.
Ai que saudade desse tempo que não volta mais!

CHEIO DE NOSTALGIA

Queria eu que os sonhos meus trouxessem para meu lado, alguém que se perdeu pela estrada da vida durante nossa caminhada, pois largou minha mão bem no meio de uma estrada. Quando olhei para o lado não a vi e até olhei para trás procurando, contudo não a avistei. Segui o meu caminho sentindo falta dela aqui! Não podia parar pra voltar,
mas eu nunca a esqueci. Traga ela, meu sonho, de volta, assim como trazes toda noite, quando então eu adormeço, e assim amanheço cheio de nostalgia.

LONGE ASSIM

Passei a tarde sonhando com você;
Desculpa, não consigo te esquecer!
Ah, minha Pequenininha, é tão ruim
Passar os dias vivendo longe assim.
Volta, quero te ver de novo entrar
E com um sorriso no rosto me falar
Do dia cansativo no teu trabalho.
Quero dormir outra vez ao teu lado,
Você com as pernas no meu corpo
E dessa forma, amanhecer os dias
Contigo pertinho, coladinha em mim.