Categoria: Saudade

a dor é envitável. O sofrimento e opcional.

Continuo sentindo amor,
Sentindo tanta paixão;
E você não gosta de mim,
Não sei qual a razão.

Não sinto mais alegria,
Há tempo não sou feliz.
Você não sorrir pra mim,
Nem sei mesmo o que fiz.

O céu tão escuro,
A noite tão fria.
O silêncio na casa,
A cama que vazia,
Faz lembrar você
E teu corpo quente,
Que me aqueceu
Um dia, antigamente!

Na penteadeira o retrato,
O cigarro e o batom.
O perfume gardênia,
Lembranças de algo bom.

As peças íntimas, os quadros,
Os discos, tudo lembra você.
Seu livro preferido de poemas…
Nada aqui deixa te esquecer!

Fecharia meus olhos,
e o passear de sua presença,
me embalaria os sonhos,
me traria o sono,
me faria feliz,
mesmo aqui distante,
mesmo aqui só com seu perfume,
Adormecidos!
me sentiria mais seu,
viveria mais eu,
seria mais seu,
despertaria mais eu!

Minha vida é um silêncio
silêncio que me sufoca
que me toma e me destrói
que me prende a voz
que esconde a minha alma de maneira tão feroz, não consigo encontrar
não vejo no mundo um motivo que me tire desta triste solidão
meu corpo sofre, minha alma chora
meus sofrimentos sufocados
cheios de arrependimentos
esperam agora a hora do esquecimento
para me libertar deste contrangimento
das lágrimas que me molham a face
da dor que me toma o peito
que adoece o coração e adormece os sentimentos.

Tempo quem dera levasse minha dor para bem longe dos olhos..olhos que só veem sua face,lembro-me bem do seu olhar fitando o meu,quem me dera poder parar o tempo naquele exato momento,assim não sofreria como agora estou Olho pro ceu,olho pro nada,olho para o que ficou,somente o desejo ardente de ver-te outra vez,me perder em seu corpo,sentir o cheiro dos seus cabelos macios,ver tua boca expressiva que tanto beijei…voou para longe de mim,como passaro no fim do verão assim se foi meu amor,sem asas me deixou…o que resta agora é só solidão..

Perguntei ao tempo
o que era saudade
em resposta
disse-me que esqueceu..

Então:
busquei a resposta
onde havia verdade
e não encontrei..

O sonho morreu?..

Investi nesta busca
e encontrei muita crueldade
um amor de verdade
que desapareceu..

Fui atrás de um sentimento
que se dizia de momento
perguntei a paixão
ela não respondeu..

Perguntei ao sol, a lua
pedi até as estrelas uma ajuda
mas ninguém entendeu..

Folheei Dicionários
pesquisei insistente
procurei no fundo da mente
mas nada me ocorreu…

Quando ia quase desistir
conheci você
e percebi que a saudade
vinha sem eu perceber..

e mais tarde pensando
aprendi que tua distância
deixava o peito pulando
numa danada inconstãncia..

Dai relacionei um com outro fato
e descobri que a saudade
era dor, não mal trato..

Fui bem fundo e descobri
que a saudade
bem na verdade
é quando você não está aqui..

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A vida sorriu com sua presença.
Sempre me dizia viver é melhor
Que tão somente aos poucos morrer.
A cada momento repito feliz.
O que me deixa contente.
Por cada alvorecer…
Quem dera pudesse me ouvir.
Vejo um azul celeste em fantasias.
E um colorido que insiste em ficar.
Para tão somente me encantar.
E saber que por perto tu estás.
A vida é um livro em paginas escolhidas.
Bom sentir o adentrar de o novo renascer.

A carta da saudade

Minha saudade,

Perdi-me tanto abrigo, sem carinho…
Não te esqueças de mim, como o teu vate;
Que me senti; vento-te como o vinho
Cansado e jovem; antes que não mate.
Pelo carinho; que não há a vida,
Que o meu amigo era tão forte e caro.
Ele; como forçavas a arte erguida
O poeta, que foras o alvo raro.
Que eu sinto o fardo pelo bom passado,
Lembrar-me a boa amiga da volúpia?
Amo, se fores a paixão do lado;
Ela, pelo prazer que o tempo via.
Que não hei de inspirar; pelos deveres
Só que não tenho a vida; meus amigos
Para vagar os versos; se me veres,
Vou-me ao lirismo, pelos meus abrigos.
Como Camões, que nos meus corações
Escrevo, e os doces versos sem tristeza
Genial, em meus versos sem balcões;
Sim! Que é do meu desejo entre a beleza!?
O amor, a vida que nos vemos tudo!
Com que sejas o rojo da saudade,
Ó saudade! Ó calor que foi contudo!
Com coração e sem forte maldade.
Perdi-me o teu carinho que me adoras;
Como o poeta… Pelos teus abraços!
Que, ao meu amigo… Vejo-me as auroras!
Que eu sinto a tua falta, pelos passos.

Autor: Lucas Munhoz 21/11/2011