ANDO SÓ

ANDO SÓ

CORRO EM UMA DIREÇÃO
QUE NEM MESMO SEI PARA ONDE CORRO

GRITO COM TANTA FORÇA
A PROCURA DE ALGO QUE NÃO CONSIGO
ENCONTRAR

ABRAÇO FORTE
QUE NEM SINTO O QUE ABRAÇO

OLHO PRA LONGE
AQUILO QUE NÃO VEJO

IMAGINO TUDO QUE EM UM SONHO
NÃO CONSIGO SONHAR

SE CORRO, GRITO, ABRAÇO E IMAGINO
E NÃO SEI O QUE QUERO

A ÚNICA CERTEZA
A MAIS PURA DE TODAS

AMANHÃ SERÁ APENAS
MAIS UM DIA PARA SONHAR
TUDO AQUILO
QUE HOJE NÃO CONSEGUI

E QUE AMANHÃ UM SOL
NASCERÁ
TRAZENDO COM SEUS RAIOS
UM SONHO NOVO….

OLHAR ESCURO

AQUI é LÁ

De tanto caminhar pela estrada, tão longe quanto o tempo que passou
Dos ruídos e das dores do pés, do ar puro e apagado
Do céu limpo e raro
Buscando alinhar o horizonte com o fim de cada ponto
Rebusquei um passado diferente e divisível
Das portas estreitas e raras, da altura do céu e do tamanho das areias

Porta grande ou pequena, do lado de fora se vê
No interior da alma se cala, as manias de você
Posso e quero, ver as folhas balançando pelos ventos
O Ar agitado e calmo, soprando as linhas do céu

Não sei se falo, não sei se grito
As vozes do silêncio, tão forte quando o pensamento
Não fosse o dia de sol, as nuvens aqui não estariam
Qual fosse o dia, qual fosse a Lua
A lua cheia ou vazia, míngua a todo tempo
Sempre a mesma lua

Andar pras trás ou correr de lado
Sem os caminhos para trilhar
O suor do cansaço, literalmente cansado
Retorno a cabeça ao travesseiro
Prossegue o dia inteiro, tentando achar no escuro
O que se acha no claro

Os livros debaixo das mãos
Semblantes fortes e ricos
Buscando achar as letras e os números esquecidos
A chave da entrada, quase não se vê
Os painéis e as cores chamam
E você não vê
E você na vem

O porta retrato na mesa
O telefone sem fio a chamar
A carteira de trabalho descansa sobre o cálculo renal
As folhas da árvore encadernadas na gaveta
Já não balançam mais
Fechadas com arame de plástico
No silêncio e na calada do tempo

Os pés das cadeiras já não sentem mais dor
A cerca viva não fala, nem sente
O email pela metade respondido
O telefone sem fio cada dia mais mudo
Não chama, e nem toca, foi cortado
O olhar que sempre me vê, cada dia mais vivo

16/11/2011

DOIDO, MALUCO

Esse ano irei voltar
Ao mesmo lugar
Onde te conheci,
Vestida de Arlequim
No Carnaval passado.

E quando lá chegar
Vou te procurar
Incansavelmente,
Pois quero matar
A saudade de um ano inteiro,
Um ano inteiro sem te ver.

E quando te encontrar
Vou te abraçar,
No meio do salão
Vou te beijar.
Tenho amor pra dar e vender
E todo ele para você.

Estou doido, maluco pra te rever.
Estou doido, maluco para amar você.

Tistonha Saudade

O sorriso de uma saudade.
Que desliza sobre os olhos.
A triste lembrança de um adeus.
Tornou-se vazio os dias meus.
Sonhos ousados insistente em te vê.
O que poderia então a ti fazer?
Se os olhos cansados de um triste pranto.
Não te faz, mas retornar e nem voltar o sorriso meu.
Quem sabe renasça outro dia em que possa rever.
Outro sonho traçado esquecer o passado com menos dor.

NAO CONSIGO TE ESQUECER

"COMO POSSO SONHAR SE NAO CONSIGO DORMI.COMO POSSO AMAR SE NAO ESTAS AO MEU LADO.COMO POSSO VIVER SE PARTI-SE MEU POBRE CORAÇAO.

COMO POSSO RESPIRAR SE ERAS TU,MEU AR.COMO POSSO SORRI,SE DIANTE DE MINHA TRISTEZA VENHE AS LAGRIMAS A ROLAREM.COMO POSSO SEM TI CAMINHAR.

COMO POSSO SEGUIR A DIANTE SE MINHA ESTRELA GUIA NAO BRILHA MAIS EM TODO O CAMINHO A UM MANTO NEGRO APAGANDO
AS IMAGENS DO MEU PENSAMENTO.

COMO POSSO EU HUMILDE ESCRAVO DE TEU AMOR DORMI, VIVER,SORRI,CAMINHAR,NAO CHORAR SE DIANTE DE TUDO QUE A TEU LADO VIVI SO ME ENSINAS-TE A TIAMAR"

Pequenino

foi-se a epoca em que era pequeno
em que minha mãe me dizia
menino já pra dentro
saia do sereno

foi-se a epoca em que não precisava me preocupar
só queria ganhar brinquedos
e brincar brincar brincar..

foi-se a epoca do meu eu pequenino
dentro de mim ja não tem mais
um moleque,
um menino!

dentro de mim ainda tenho memorias de um pequenino
que não tem como esquecer
um pequenino que terei que levar
até a hora de eu morrer