Categoria: Saudade

A distância não é ruim
Ela apenas nos mostra o quanto é importante quando estamos juntos!

Navego a esmo muito além da amplidão
o pensamento liberto no espaço a procurar
flutuando além do azul da imensidão
plasmando na mente através da reflexão
o desejo ardente de poder encontrar.

Mergulho no vasto mundo da imaginaçaõ
pesquiso as páginas do dicionário invisível
tento nas palavras encontrar a confirmação
que esclareça o sentido de uma forte atração
e decifrar o enigma de um amor inesquecível.

Sentimento que rompe o dique do ponderável
que transborda na alma com força avassaladora
impondo-me a sentença de um juiz implacável
pois trago no âmago o sofrimento interminável
sem ter ao menos uma esperança consoladora.

Que rompa do meu mar as amarras da libertação
e fazer que o vento leve o veleiro da saudade
que levante sua âncora que me esmaga o coração
que eu possa então me libertar desta fascinação
e acalmar em minha alma o clamor da tempestade.

Ao contemplar a tela de várias cores
a minha alma sensível se empolga
e sinto o suave perfume das flores
exalando da obra criada por Olga.

São fragrâncias da natureza colorida
que emana na destreza de um talento
plasmando na tela o encanto da vida
na moldura a beleza de um momento.

A sensibilidade da alma se faz presente
no toque sutil de um mágico pincel
enobrece com arte qualquer ambiente
na singela exuberância de um painel.

São fragmentos de uma alma em reflexão
que garimpa extasiada o seu próprio eu
em busca da mais soblime inspiração
trazendo a tona o dom que a natureza deu.

Pobre rosa noturna que soluça
com o beijo selvagem da tormenta
oh! frágil beleza que debruça
sobre a terra fria que a ostenta.

Sinto em mim o seu perfume agonizante
no vendaval da sua triste sorte
pobe rosa que implora suplicante
despedaçada perfumando a própria morte.

Pobre rosa que rola pelo chão
naufragada na tormenta infernal
seu perfume se perdeu na escuridão
seu destino, pobre rosa,foi fatal.

Ah! noite tenebrosa e tão cruel
que mata as rosas com beijos de terror
rosas mortas que vão rolando ao léu
entre as águas sepultada rosa flor.

A bonança virá depois da tempestade
e o sol novamente irá brilhar
mas em mim ficará uma saudade
de rosas que nunca mais hão de voltar.

Folhas secas do outono
que vão rolando pelo chão
no mais negro abandono
na mais cruel solidão.

Folhas secas que um dia
viveram ao lado de uma flor
na mais doce harmonia
embriagadas de amor.

Mas o destino invejoso
quis da flor te separar
e num gesto caprichoso
fez a dor te abraçar.

Eu também vivo assim
abandonado a sofrer
perdi a flor do meu jardim
e agora vivo só para morrer.

Hoje senti saudade do que não aconteceu, mas… Como seria bom se tivesse acontecido. Qualquer momento contigo, nunca seria esquecido. Como o beijo que não te dei, e nem você me deu.
Lembrança covarde foi essa que aconteceu… Insana saudade daquilo que não ocorreu… Lembrei de tudo que por nós não foi vivido, mas que, dentro de mim, sempre viveu.
Eu gosto de você. Eu penso em você. Eu me preocupo com você.
Sinto falta de algo que não ocorreu. Saudades do que não aconteceu. Saudade de você, Ana Paula

Fomos rever a árvore,
a mesma em que no tronco, em um coração nosso nome colocamos.
A árvore crescera tanto levando para cima nossas juras de amor eterno.
Cravado em lanho profundo um sentimento desabrochando. adolêscencia, presente, futuro…o futuro agora tÃo presente! Procuramos nosso amor em verso,
no tronco daquela árvore eternizado naqueles tempos em que existia a primavera,
naquela tarde em que nos declaramos, tÃo calados!

Uma canção
um olhar e um sorriso

um coração
que encontrou o paraíso

um pensamento
um abraço uma ventura

um momento
de amoçao e de ternura

uma palavra
uma carícia e um beijo

duas almas
embriagadas de desejos

uma ausência
uma lágrima,um desengano

uma tristeza
uma saudade torturando

uma dor
um vazio nos dias meus

uma canção
uma separação,um triste adeus.