Quando o Relógio Atrasa

O tempo é inimigo da perfeição
Não tenho tempo, mas tenho inimigos
Um deles a solidão;
Toda a minha vida por um segundo
Passa assim tão depressa e despercebida
Não adianta adiantar o passo neste meu compasso
Se o contorno defeituoso me desenha no teu rosto;
Em respeito a minha dor meu semblante retorcido
Tal qual beleza de uma rosa que murchou envelhecido
Um segundo e não sou mais, o que era antes ou não pude ser depois;
É assim meu jeito arrogante de viver a dois
Tem horas que escrevo a nossa história em minutos
E a saudade mais parece à eternidade…
Aquele rosto de criança, tão pequeno e inexperiente
Cicatrizes na lembrança e vontade de ser gente;
Quando cresce deixa de amar e se torna doente
Se eu pudesse parar o tempo, tornaria mudo este meu lamento
Mas o ponteiro da vida não atrasa as horas
A cada batida do meu coração é um segundo a menos;
Vou atrasar o relógio no meu querer insensato
Vou voltar atrás neste meu ato impensado.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Agosto de 2002 no dia 02.

Anjo Menina

Meu anjo menina
Eu nunca quis te dizer adeus
Meu anjo menina…
O teu sorriso jamais vai se apagar na neblina;

O teu amor é combustível pra minha alma
E o teu sorriso sedativo pra minha dor
Eu já não existo sem a sua calma;

Meu anjo menina
Eu estaria mentindo se não soubesse te amar…
Meu anjo menina como você é linda
Eu já não consigo te dizer adeus;

Meu anjo menina, por que tem que ser assim
As madrugadas que me fazem chorar a tua falta
Se as rosas virassem ouro;
Se toda lágrima caísse sem maior esforço…
Talvez pra você; Eu estaria mentindo

Por isso meu anjo menina
Eu sinto correr o meu coração por avenidas perdidas;

Eu às vezes sonho com você
Correndo desesperadamente pro meu colo
Mas quando me abraça por que tenho que acordar…

Meu anjo menina
Eu nunca quis te dizer adeus
O teu sorriso jamais vai se apagar na neblina;

Eu estaria mentindo se não soubesse te amar…
Meu anjo menina como você é linda
Eu já não consigo te dizer adeus;

Produzido por Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Agosto de 2011 no dia 14.

Há um Amigo que se Foi

Ainda chove nesta estrada triste
Eu saio correndo atrás do sol
Na esperança de te encontrar;

Porque tudo ficou mais triste
Sem você pra me fazer sorrir
Eu queria poder entender;

O que posso dizer
Um adeus há um estilo de vida
Um adeus há um velho amigo
(Você me faz falta)
Um adeus as canções da Legião…
Mas você sempre estará comigo
Nas minhas canções;

Você era meu palhaço amigo
Que fazia a vida ter sentido
Você era assim;

Eu ando tropicando nas pedras
Procurando pelos mesmos caminhos
Eu tento ameno te encontrar;

Se as estradas tiverem um fim
Eu sei que lá na frente nós encontraremos
Uma razão para tudo que acreditamos
(Isto eu aprendi com você)
Enquanto isso eu vou enganando a felicidade
Mas não por muito tempo meu amigo
(Por que você foi embora?)
Eu jamais conseguirei entender.

E assim a tarde se vai
Levando a correnteza das lágrimas
Você era meu palhaço amigo.

“Em Memória do Amigo Ninilson, para sempre em meu Coração”

Produzido por Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Setembro de 2011 no dia 05.

Ontem a Lua me fez Sonhar

Vai saudade, vai; eu sabia…
Que viria me assombrar; eu sabia
Logo esta tarde, tarde absoluta de tardia
Onde o gelo não aquece o lobo
Onde a fome me alimenta de estadia;

Vem à solidão, vem; como fobia…
Como podia eu imaginar que não viria
Logo agora que a noite vadiava um assovia
Perto estou do que posso estar morto
Vestido como um santo sobre um manto farroupilha;

Mas a lua me encanta me fascina; ludibria
Faz me sonhar acordado; mesmo de dia
Eu me despeço da solidão e da saudade; quem diria
À noite assaltou-me de um sonho tolo
E me fez acreditar que podia amar ou então morria.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Janeiro de 2012 no dia 04.

Asas Imagináveis

Pensamento que não para quieto
Criam asas imagináveis pra te ver
O tanto que te quero já não sei bem certo
Saudade me invade dá vontade de morrer.

Sobre voa por cidades e arranha-céus
Pensamento louco, indomável
Que me apanha pelos ares do meu fel
Tão meu e ao mesmo tempo solitário.

Minha alma inquieta contra diz a razão
Teu sangue em minhas veias
Faz sangrar o coração.

Estendo minhas mãos quase em vão
Não te laço em minhas teias
Paloma meu coração.

**soneto**

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, Julho de 2003 no dia 23.

"Presença"

Não é preciso que eu esteja por perto para que me ames, sinta somente a minha presença. Quando estiver só, liberta os teus pensamentos, deixe que ele vá a tua procura, para então poder te pegar levemente e sem que você sinta, te levar até mim. Com certeza ele me encontrará então você sentirá um forte calor te envolver, todo seu corpo tremer, não estranhe e nem fique á procurar em vão o que está lhe causando isto, apenas feche teus olhos suavemente, e sentirás que a minha presença passeia levemente pelo seu corpo. Com certeza você sentirá um arrepio, mas não diga nada neste momento, cale-se somente, apenas chame pelo meu nome, murmure, transforme as tuas palavras em um só gemido, deixe que a minha presença invada teu corpo. Derrepente um molhado irá escorrer em teu seio, irá enlouquecer-te de prazer, você verá que parece tão real, toda vez que chamar pelo meu nome. Como gotas de suor, nossos corpos consumindo pouco a pouco, até que não mais existimos, lembre-se são apenas os teus pensamentos, minha presença arrebentando as correntes dos nossos desejos. Uma excitação irá bater no fundo, não procures por mim, serei apenas o bater revoado das aves dispersas em um oceano, tão profundo e abstrato como um sonho. Não estenda os teus braços, não irá me alcançar, sinta somente a minha presença, pois ela vem para te mostrar que não existe distância quando se ama ela vem para te mostrar que não existe solidão, que nem sempre é preciso o meu corpo tocar, quando a saudade chegar, apenas chame pelo meu nome. Liberte agora os teus pensamentos, deixe as vozes sedentas dos teus beijos, sussurrar aos ouvidos do tempo. Chame por mim, talvez não vá ao teu encontro, mas você trará para si a minha presença, não pare para pensar o que está fazendo, se entregue totalmente por este momento, se acaso perderes de vista a imagem do homem que amas, não te transformem em lamento, apenas chame pelo meu nome. Não chore, não grite não te desespere ao sentir a minha presença, se acaso me perderes, apenas chame pelo meu nome.

*** Carta á uma mulher desesperada a procura de seu grande amor. ***

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, Setembro de 1989, no dia 08.

Você é um pedaço de mim

Saudade, saudade
Porque me massacra tanto
Ela não esta junto há mim
Saudades que renova com lembranças
Sinto-me vazio, meus olhos não consegue si olhar
Meus olhos são somente para ela, onde pode estar

Meu coração é a chave desse sentimento
É minha paixão, o meu amor
Não sei o que dizer, o que mais falar
Não raciocínio mais o meu pensar
Nunca sofri assim
Você é um pedaço de mim

AUTOR
JCARIBEIRO
CARLOS RIBEIRO
14/08/2012

SERENATA DA NATA

Serenata, som, nata, massa…
Nata social, contexto musical.
Musicalidade na praça
No coreto, ou no quintal
Um som bem original.
Na vitrola ou no cavaquinho
Sucesso no violão de Betinho Clarinho.
Felicidade que ficou prá trás
Mas as lembranças ainda
Habita no me peito
Não tem jeito
Pelo passado tenho grande respeito.

(EDILSON LEÃO)