Dias frios d´alma
Corrente sul percorre frestas,
Dos trêmulos corpos nas sacadas, janelas.
Nuvens carregadas ocultam
O celeste tapete
Nas sombrias manhãs.
Árvores que se agitam
Ante a passagem do vento
Folhas soltam-se, animais abrigam-se, gente ao relento
Dias de recolhimento
Tardes de leitura
Noites de aquecimento e ternura
E, lá ao longe,
Na dança das estações,
O sol de sua luz nos priva, momentaneamente,
como a nos mostrar o valor das coisas nem sempre percebidas.
AjAraújo, escrito em Agosto, 2003.