Todo amor é desmedido…
Todo amor é feito de duas medidas,
A pouca e a muita, a que ama pelos dois
E a que não ama nem por um,
E é na desmedida
Que se embriaga a alma pura,
E é nessa desmedida que…
A parte amada… Desama e amarga,
E a parte podre vai contaminando a sã,
Estragando a parte apaixonada,
Transformando a alma inocente
Num monstro a imagem e semelhança…
A altura de seu mestre…
E assim se alastra a praga…
Dos corações desalmados e frios.
E a profecia se cumpre…
“E o amor de muitos esfriaram”
Ou melhor, o amor de todos
Um dia morrera por morte chacinada,
Morte encomendada…
Digamos morte apaixonada.