Seguindo no caminho procurando algo
qua mudasse o rumo de tudo,
o seguir dos passos
o voar das asas, o vaguear da mente,
o torturar da alma, o sofrer do espírito,
as batidas do coração.
Seguindo nesse caminho encontrei flores
e também espinhos,
pedras que me serviram de tropeço,
sombras que me aliviaram do cansaço da caminhada.
Encontrei o sol que me derramou seus raios,
a lua que me cobriu com a sombra
de sua cor prateada,
estrelas que enfeitaram meu percurso
e o céu com sua pompa e glória.
Também encontrei tristezas, angústia,
solidão e desespero.
Faltou-me um amigo que me estendesse a mão
ou me oferecesse seu ombro
e que me servisse de consolo.
Já cansada, abatida e exausta,
desanimada e triste,
seguindo nesse caminho
sem encontrar o que procurava
resolvi voltar.
Talvez encontrasse o que procurava,
ou quem sabe… até esse algo
que mudasse o rumo de tudo.
O seguir dos passos, o voar das asas,
o torturar da alma, o sofrer do espírito,
as batidas do coração.
Nessa volta encontrei
luz, cor, festa, fantasia e sonho!
Encontrei amigos que me socorreram,
me consolaram,
e me aceitaram como sou.
Encontrei poesia que me falava de amor,
encontrei tudo, mas faltava mais, até que…
Encontrei um anjo que mesmo de longe,
no pensamento,
no sonho,
vem aos meus braços, me cobre de beijos
numa loucura lúcida,
e que aos seus carinhos me entrego
como um animalzinho acuado e carente.
Um anjo que fala macio,
que é um menino e
que brinca de adulto
se fazendo homem quando queremos.
Fecha os olhos, acaricia a pele,
aperta as mãos, entrelaça os dedos,
abraça com força,
beija e sufoca, brinca de amor e
escuta contente, quase sorrindo
quando lhe falo ao ouvido
quase num sussurro,
as palavrinhas
“eu te amo”…