ESCUTA VENTO

Escuta, vento, o gemido
sem forças de um coraçao
Que em chamas e dorido
Desmancha-se sem emoção

Escuta, vento, o soluçar
De agonia, lentamente
Em morte a resfolegar
Num delírio ardente

Escuta, vento, a petição
Dos olhos de mar mortiço
Sem sol coberto de aflição

Escuta,vento, o ressoar
Triste prelúdio do adeus
Sem volta, para o viver deixar

Any Tavares

PEIXES POR PEIXES (Felipe Felix)

Não entendi nada fiquei muito confuso
Pois meu coração me falava algo que eu nunca mais queria viver, nem pouco sentir.
Eu já não acreditava mais em Paixão e muito menos no Amor!
Ai você me aparece, sem pedir licença, e como aquele jeito mais doce e malandro
Jeito que atraem olhar confuso de menino sem rumo e sem destino que me seduz, ao ponto que eu pegue fogo.

É como se uma explosão de emoção misturada com tanta confusão e medo de sofrer
Corresse entre minhas veias sanguíneas em uma velocidade furiosa
Que nem consigo sentir mais as pontas de meus dedos
É de arrepiar a espinha, só de pensar que esta noite verei.
Meu garoto da madrugada.

Agora vem a maldita e bem vinda incerteza
Incerteza que vai dar certo
Incerteza se será pra sempre
Incerteza, incerteza, incerteza. . .

A incerteza se realmente oque se passa em mim, também está passando em você.

O que realmente você quer?
O que você sente?

Como é louco e confuso aqueles momentos com você
Sinto-me como se tivesse 14 anos de novo

Esta parecendo que nunca me apaixonei antes
E se for Paixão de verdade, mesmo que eu sofra

Não desistirei, pois deixarei de ser eu próprio
Deixarei de sentir está explosão que me invade
E me faz senti vivo.

Não serei mais esse Humano que tem medo de amar
Nossa química Bateu, deixarei rolar

Desta vez to pagando pra ver
Vou me perder, pois gosto disso

Gosto da forma amarga que me impõe medo.
E que ao mesmo tempo me da um doce gosto de mel que me seduz segundo a segundo

Agora não me deixe aqui velando você ao dia
Pois quando cair a noite, estarei muito sedento do seu beijo quente e molhado

Vem Menino me saciar. . .

Por

Diego Bathe Fagundes.

Minha Roseira, Meu Amor

Tinha uma roseira do lado de minha cama
Era linda, bonita e perfumada.

Logo cresceu, e floresceu e era uma
Linda Flor Vermelha
Vermelha de Sangue de Amor, Paixão.

Com o tempo cresceu espinhos, pontudos
E bem afiados.

Machucou-Me,
Ferio-me
Sangrou
Chorei, Gritei e ate quase não agüentei.

Mas era linda, bonita, perfeita.

Pensei em cortar La, destruí La.
Matar La!

Mas como poderia matar La
Se era tão tão agradável aos meus olhos
Como ia matar La se eu a amava

Roseiras e Pessoas são assim
Por mais que nos amamos, gostamos
Eles nos ferem de vez em quando,
E precisamos saber lidar com os espinhos afiados
Dos nossos amores,
Cultivando e admirando sua beleza e seu doce perfume

Somos defeituosos de mais
E temos que aprender a Abraçar uma Roseira
Se não, nunca saberemos oque é amar um ser Humano de verdade.

Por

Diego Bathe Fagundes.

Coração Inquieto

Eu venho sentindo uma saudade
De um qualquer, que nunca existiu,
O que nunca partiu já que nunca chegou,

É mais uma solidão expandindo,
Vem se alastrando porque tenho notado,
Quando agente para pra notar
Começa a doer um vazio sem encaixe,
Um vago sem dono ou cômodo,
Uma ausência do tal incômodo,

Intrigada perguntei pro coração:
-Que queres coração inquieto?
Ele respondeu resmungando:
-As dores de uma paixão!

PEQUENA ÂNGELA

Fulô bonita,
Cor de laranja;
Minha pequena Ângela!

Que moça fina,
Super bacana;
Minha pequena Ângela!

Sorriso cativante,
Corpo escultural,
Olhos estonteantes,
Verde canavial.

Corpo de mulher,
Jeito de criança;
Minha pequena Ângela!

Cheiro que embriaga,
Voz que me encanta;
Minha pequena Ângela!

Paixão que machuca,
Ela faz de pirraça.
Sabe que a amo,
Por isso me maltrata.

Venha logo olhos profundos

Não é saudade, é mais uma falta de algo
Que me faça enfartar em cada encontrar,
Ou um alguém que me deixe arrítmica
Em cada olhar, asmática em cada aproximar,

Um par de olhos que me façam mergulhar
Num mundo onde não saberia voltar,
Um abraço que me afogue de toda mágoa,
Uma boca que me tome todo ar,

Um corpo que me faça arder e em febre
Delirar em meio a teu fogo,
Que não me cobre saber nada de cor,

Que me guie pelos becos escuros
E não me deixe cair sozinha das ribanceiras,
E nas curvas se perca junto de mim,

Alguém que não me deixe olhar pra traz,
Não me dê espaço pra lembrar de nada mais,
Tenho saudades, sinto uma falta…
Do que nunca me adoentou de verdade,

Quero arder em febre por um par de olhos
Negros, verdes, azuis ou castanhos,
Que seja… O mais sincero e malandro,
Cheio de charme e maldade,

Ausência é meu mal, quero só um par de olhos
A me ensinar a amar, e a me arriscar
Pelas curvas mais perigosas que possam existir,

Mas venha logo olhos profundos me arrebatar,
Me ensinar arder de amores por ti,
Que já andei solitária demais por ai.

ILUSÃO 01

Vivo com a ilusão de que um dia
Você me amará novamente.

E é por esta razão que sigo minha vida.

Não vivo o hoje
Nem o amanha.

Anseio pelo passado e pelos momentos que vivemos juntos.

Os dias passam…
Mas nada muda!
Ainda sonho com seu perdão.

Sozinho, ensaio este momento.

Penso que é possível!
Mas, no fundo,
Sinto se tratar apenas de ilusão.

Cicatrizes da Vida

Tristeza… Más por que um dia triste? O sol ainda não se escondeu. A tarde está monótona, mas ainda desfila sobre os nossos olhos.
Deixe o frio de a madrugada entrar em teu quarto e testemunhar teu sofrimento, mas não te aflija, o sol pela manhã irá romper a tua janela, e assim descobrirás um novo dia.
Nascerá uma esperança que te fará forte para caminhar, verás que em teus caminhos as dificuldades serão como folhas secas de outono rastejando aos teus pés, e lá na frente avistarás a linha do horizonte. Então não se curve em tanta tristeza, nem deixe que as lágrimas afoguem o brilho do teu rosto, sorria e verá, pois o tempo é o senhor das razões.
Quando olhei no espelho do tempo, pude ver as marcas inevitáveis do destino, más o tempo em que passei lamentando pelos cantos, mostrou-me que era preciso superar a dor.
Mesmo que nos recuperamos em um futuro próximo e incerto, jamais será possível apagar de nossos rostos as cicatrizes que a vida nos valeu.
Tristeza… Más por que um dia triste? O sol ainda não se escondeu.

***Carta á uma mulher triste que perdeu o seu amor.***

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Agosto de 1992 no dia 20.