MUDANÇAS NO SERTÃO

Mudanças repentinas
Percebe-se na neblina.
Chuvas e temporais,
Pela época, anormais…
Já quase meado do ano
Ela chega nos assustando
Inclusive trazendo consigo
O frio do arrepio.
Seria um revés no panorama
Com períodos modificados
Na distribuição das chuvas
Ou mais uma ilusão no sertão?
Nos tempos de outrora
Ela era esperança
E vinha sempre na ocasião certa.
Porém, hoje tudo está desértico.
Acontecerão mesmo tais mudanças
Ou será apenas suposição
O que configuraria como tristeza
Para a nossa região?
Já não mais acreditamos em previsão
Divulgada pela televisão
Dizendo sobre frentes frias vindas do oceano
Pois prá Deus existem outros planos.
Como se vê, agora está gotejando
A chuva está voltando.

(EDILSON LEÃO)

VIVA A ÁGUA!

Gotícula de sereno
Que irriga meu terreno.
Água cristalina
Orvalho, neblina.
Que cai e sobe
Nas bordas da piscina.
Viva a água!
Água branca, prateada,
Regando a esperança.
Bons tempos,
Colheita e prosperidade.
Água, bonança.
Linda vegetação
Colorindo meu sertão.

(EDILSON LEÃO)

A Joaninha:

A Joaninha
Em um arbusto sensível de folhas verdes
No frescor das alturas de uma humilde planta
No aconchego macio de uma singela rede
A Joaninha sonhadora acorda e se encanta.

Contempla extasiada a natureza florida
Com lindas flores vermelhas e amarelas
Agradece aos céus numa prece comovida
Em poder contemplar a paisagem tão bela.

Acompanha as abelhas no frenético vai vem
Levando das flores a essência perfumosa
As borboletas graciosas apresentam também
Um bailado elegante sobre as pétalas das rosas.

A joaninha sonhadora das asas matizadas
Agradece enternecida a mamãe natureza
Pelas cores que em ti foram esmaltadas
Destacando entre todas a sua própria beleza.

Na face da Ecologia

Na Face da Ecologia

Na face da ecologia
Tem um rio que sorri
Com suas águas claras,
Que espelha em seu leito
O ato perfeito
Cria um verbo
E vai pororocar
No encontro com as águas do mar
Tem o movimento da revolução
Ao redor do Sol
Vai de estação a estação
Primavera, outono
Inverno e verão
Na face da ecologia…
Tem um sopro de ar
Da baleia no fundo do mar
Tem o verde como a esperança
No sonho de uma criança.
O verde que brota com os pinhos
Os ciprestes, as oliveiras
As magnólias e as azinheiras
O verde das alfenas, das babosas
E araucárias
E assim
A cada folha verde que cai
Outra em seu lugar sai
Na face da ecologia
Uma lágrima pode rolar
A lágrima da face do rio
que pode deixar de existir
Lágrimas que impedem
Ver-se o Sol
E o eterno arrebol
Mas…
Tudo pode mudar
Se a face de quem lê
puder então perceber
Perceber o desafio…
Espelhando-se na F A C E DO RIO!

Carlos Alberto Soares- cal55

SE AS ROSAS FALASSEM

As flores do meu jardim
parecem sorrir para mim
sublime e tanta beleza
presente da natureza
são rosas, cravos, jasmim.

A tarde ao por do sol
elas parecem sorrir,
são flores, são delicadas
como o beijo de minha amada
como um amor sem fim.

Mas se as rosas falassem
elas diriam assim:
– Ofereço a ti meu perfume,
porém, cuida de mim.

Autor; Joaquim Gomes Alves