JABUTICABEIRA

Jabuticabeira, jabuticabal
Dando charme e beleza
Enfeitando meu quintal.
Apelidada de pérola negra
Portadora de doçura e beleza
Também se frutifica e produz
Lá no João Dias
Região serrana dos gerais
E de igual forma em Pavão
Uma linda região
Do norte de Minas Gerais.
Jabuticabeira, muito encontrada
Lá na nossa feira.

(EDILSON LEÃO)

ÀGUAS CRISTALINAS

Já clareou e os raios solares
Vem anunciando um novo dia.
Refletem sobre os lajedos
Neste belíssimo mês de fevereiro.
Bem assim nas águas cristalinas
Das pedras de turmalinas
Onde ontem, por lá, me encontrei
Com uma garbosa e notável menina
Se deliciando de uma tangerina
Dizendo-me que ali
Era sua piscina natural
Onde não se ocorria neblina.
Muito formosa a pequenina.
Agora está um excelente panorama
Porém não me esqueço
Daquele encontro casual.
Agora se desponta um arco-íris
E suas cores exuberantes
Também as flores e o orvalho
Os canários dando o tom de beleza
Em um lindo cenário
De autenticidade e clareza.
No rio os peixes
Formando um lindo aquário.
Tudo isso transcrevi em meu diário.

(EDILSON LEÃO)

O JUAZEIRO E O UMBUZEIRO

A paisagem do meu sertão está acinzentada,
com aspectos tristes e visíveis sinais de queimadas.
O chão está esturricado, todo rachado.
A vegetação está toda seca que,
misturada com a poeira,
envelheceu até a bela porteira
a cobrindo de terra, através da ação do vento.
A chuva não veio, tenho receio,
de que mais uma vez, vai minguar,
comprometendo a florescência,
do Juazeiro e também do Umbuzeiro.
Árvores bonitas, frutíferas e frondosas,
que simbolizam o sertão.
Elas enfeitam a paisagem,
oferecendo também sombra e hospedagem,
Aos romeiros em suas penitencias e romarias.
De igual forma as comitivas dos peões de boiadeiros.
Elas são belas o tempo inteiro.

(EDILSON LEÃO)

DOMINGO NO CAMPO

Nas flores campestres
As abelhas, beija-flores
E também nas frutas silvestres.
Na relva, o piquenique
E as formigas se deliciando
Com os farelos no chão.
É a beleza do campo
É muita contentação.
Nos prazeres deste domingo
Em sintonia com a natureza:
Esporte, saúde, lazer
Não tem como perder
Esses momentos de pura diversão.
Como é bom presenciar na roça
O alvorecer, o pôr do sol
E o canto do rouxinol.

(EDILSON LEÃO)

Curitiba e as Estações

Quando somos pequenos,
E nos falam das estações,
Perguntamos quais são elas
e suas definições.

Então nos falam do Verão,
3 meses de sol e calor,
Esquentando o coração
reluzindo o amor.

O Outono é diferente,
A brisa sopra, e leva consigo
as folhas que caem de repente
São meses de aventuras com os amigos.

Flocos de neve caem do céu,
Dominando a paisagem,
Com seu branco véu,
É o Inverno de passagem.

Pois logo chega a Primavera,
Pássaros cantam, nascem lindas flores
O branco do inverno já era,
É a estação da vida, vida cheia de cores.

Mas em Curitiba é diferente,
Não conhecemos todas as estações,
Logo a frente,
Vou mostrar minhas razões.

Com o sol de rachar a cabeça,
No Verão, aqui é assim,
Não tem quem mereça,
Esse calor sem fim.

Na metade do Outono,
O clima muda, muda o tempo
Trazendo a chuva, o sono
E bastante vento

O inverno está chegando,
A chuva não está parando,
O frio está se instalando,
E já está se acomodando.

Muita chuva e muito frio depois,
A Primavera, agora é a estação,
Mas aqui mistura os dois,
O Inverno e o Verão.

Pois tem hora que está quente,
E tem hora que está frio.

Mas é assim é a nossa gente,
Que passa por chuva, sol e frio,
Mas mesmo assim estão contente,
Pois Curitiba é nosso Brasil.

O CANTO DA CIGARRINHA

Tempo quente
Chuva, nem sinal.
Sertão, sequidão
Rouquidão de tanto suplicar.
Grito de penitência!
Chuva, ciência, paciência
Esperar e crer.
Quando vai chover?
A cigarrinha deixou até de cantar
De anunciar a chuva
Perdeu o canto.
A garganta está ressequida
São somente prantos.
Somente se vê a estiagem
O astro rei está em sua vez.
É sol, é poeira
É poeira, é sol.
A lua não está mais coberta
Antigamente nessa fase
Era chuva na certa.

(EDILSON LEÃO).