Desistência ou Persistência

É difícil saber,
Para qual optar,
Desistir ou persistir,
Acabamos por nos magoar.

Tornar-mo-nos homens,
É o que fazemos melhor,
Não depender de ninguém,
Mesmo proporcione dor.

Saber o que fazer,
Não ter medo de cair,
Porque se eu cair,levanto-me,
Isto é persistência e não desistir.

Agora virar as costas,
Ignorar os problemas,
Isso não é solução;
Nem faz parte dos meus temas.

Continuar a persistir,
Não deixar de lutar,
Mas persistência não é abuso,
Persistência não é pressionar.

É importante ir com calma,
Deixar tudo acontecer,
Se vamos apressar as coisas,
Deitamos tudo a perder.

Ou agirmos de cabeça quente,
Ás vezes sai-nos ao contrário,
Queremos ter total razão,
E passamos por otário.

Então à que pensar bem,
Antes de avançar,
Porque podemos ter tudo,
E de repente acabar.

No balanço da rede

Afinal o fim de semana, um merecido descanso.
Desligar de todos os problemas do cotidiano
Preguiçosamente na rede em suaves balanços
Desfrutar da beleza desta linda estação do ano

A brisa festiva se apresenta em suaves lufadas
Trazendo beijos e carícias no perfume das flores
Agitando graciosa nas árvores a longa grinalda
Matizando o chão de variadas e singelas cores.

No balanço da rede contemplo a beleza presente
No vai e vem preguiçoso balançando suavemente
Ouvindo murmúrios no som da natureza a cantar.

Envolvido por esta paz, pela beleza que fascina.
O fluído do sono carinhosamente me domina
Nos braços da natureza vou dormir e despertar.

BAININHA

Eu sou da BAHIA,

Sou de SALVADOR meu senhor,
Sou um PEDAÇO desse CHÃO,
Uma PARTE desse CARNAVAL,
Sou a CARA do PELOURINHO,
Filha do SENHOR do BONFIM
Meu MERCADO, é MODELO até no EXTERIOR
ACARAJÉ com VATAPÁ aqui é ALMOÇO
Venha conhecer esse SABOR;

Eu sou BAIANINHA,
Arrasto SANDÁLIA de COURO no PÉ,

Meu TEMPERO tem que ter DENDÊ com PIMENTA,
Eu sou dessa SENZALA,
Sou BRANCA na PELE e NEGRA no SANGUE,
Meus OLHOS VERDES refletem a ÁFRICA,
Trago o SAMBA de SANTO AMARO na ponta do PÉ
Gosto da REDE, mas pego no PESADO
Meu CAMINHO eu sigo na FÉ;

SALVADOR é meu BERÇO,
O toque do BERIMBAU é canção de ninar

Sou a praia da RIBEIRA,
O ELEVADOR LACERDA,
A canção de DORIVAL CAYMMI,
Sou os COQUEIROS de ITAPOÃ,
O cotidiano da SUBURBANA
Quem conhece SALVADOR, se torna filho,
Quem visita esse PARAÍSO,se APAIXONA.

Como seria bom

As borboletas revoando, graciosas e faceiras.
Sobre as brancas flores dos pés das laranjeiras
Compartilhando com as abelhas a delícia do mel
A mãe natureza oferece o banquete ali exposto
Nessa suave confraternização observo absorto
A solidariedade desempenhando o seu papel.

Convidados agradecidos, joaninhas e borboletas.
Abelhas e marimbondos numa integração perfeita
Todos exultantes, reunidos em perfeita harmonia.
Sugando o mel das flores impregnadas de perfume
Num frenético vai-vem sem intrigas ou queixume
Em seus vôos acrobáticos extravasando alegria.

Há se os seres humanos agissem dessa maneira
Como agem a fauna e flora de forma hospitaleira
Se houvesse entre nós mais amor e solidariedade
Nosso mundo seria então um verdadeiro paraíso
Haveria entre nós menos lágrimas e mais sorriso
Como seria bom se assim fosse nossa realidade.

A LUZ SOLAR

Esse mesmo sol, que nos ilumina e aquece.
Através da sua luz que as árvores florescem
Disseminando vida por toda parte do planeta
Esse mesmo sol que iluminou antepassados
Fertilizou a natureza com seus raios dourados
Percorrendo as alturas a sua luz ultravioleta.

Essa luz em demasia também pode ser nociva
Ficar exposto a ela de forma muito excessiva
Seus raios vivificantes podem também matar
A sua massa de hidrogênio e outros elementos
As ondas de energias elétricas pelo firmamento
Gerando um lindo espetáculo de luzes a brilhar.

Sol, sua presença é comemorada todos os dias.
A sua luz é a própria vida que sobre nós irradia
Estrela incandescente constantemente em fusão
Muitos milhões de quilômetros a sua distancia
Revestindo o planeta de encanto e exuberância
Fazendo germinar as sementes em suave eclosão.

O INFERNO DAS ABELHAS

Hoje o vento parece estar de brincadeira
Fica gemendo, assoviando na minha janela.
Imitando carro de corrida com sua barulheira
Acelerando fundo me deixando matusquela.

É o vento trazendo chuva, a chuva trazendo frio.
Em plena primavera mais parece pleno inverno
Congelando a bela flor que carinhosamente abriu
Fazendo borboletas e abelhas sofrer o seu inferno.

A natureza mãe que determina essas variações
Fazendo o vento acelerar em suas manifestações
Gemendo e uivando como se fosse um lobisomem.

Eu aqui em meu quarto escrevendo minhas poesias
A ventania lá fora assoprando fazendo estrepolias
Levando o perfume, da primavera restou o seu nome.

O MARIMBONDO

Não se sabe de onde o marimbondo surgiu
Atraído pelo mel esparramado pelo chão
Mergulhou afoito na delicia que o atraiu
Com avidez incrível de um autentico glutão.

Pousou o marimbondo na delicia do seu mel
Sem se preocupar com o perigo ali presente
Um destacamento de formigas em seu quartel
Dispostas a defender o mel com pinças e dentes.

Ficou preso o marimbondo no mel pegajoso
Por isso pagou caro o aventureiro audacioso
Poderia muito bem procurar mel noutro lugar.

Assim são os incautos que mergulham de cabeça
Pensando sempre que nenhum mal lhes aconteça
Esquecendo que o perigo vive sempre a espreitar.

Os poderes da Grécia (Sete Haikais)

Os poderes da Grécia
(Sete Haikais)

Uma alma em teu céu,
Zeus, o verdadeiro deus
Um bem contra o réu.

Tem mais lugar grego
Fogo… O inferno brada logo!
Eis o Hades, não nego!

Lembra-te, quem ganha!?
O grande Hércules, com que ande
Jamais vive em sanha:

"Forte, vivo e esperto!
Usa a força, quando abusa
Sabe, o manto certo."

Homens, guerra e briga
Lutando, em perigo brando
Que a Atena nos diga.

Da magia a aurora,
Na bola rosa, que abola
Tens bastão por fora.

Ao fim dos guerreiros,
Um senhor épico e rico
Aos meus cavaleiros.

Autor: Lucas Munhoz (Poeta rapaz) – 02/11/2012