LIRA

Ah; como é doce
O cantar da lira
Elevando meu ser
Às alturas de insondáveis sonhos,
Onde o sabor da melodia que encanta
Também realiza profundas realizações.
Deitado na relva frente ao riacho,
Contemplo o vagar das águas
Onde o corpo vou refrescar
Depois de nessa música plangente, me lambuzar.
Água doce, límpida e fria
É essa desse riacho
Onde ouvindo a melodia, me acho…
Acho a força para realizar os sonhos
Fazendo enormes transformações
Na alma deste, que como ouvinte,
Saboreia o néctar da canção
Na selva arquitetônica da cidade.
O som da lira, mais a água fria
Atadas na natureza projetada na mente,
Acalma a alma dos mais ferozes animais…

José Roberto Perez Monteiro – [email protected] [email protected]
São Caetano do Sul – S.P.

CURSO

A racionalidade, inteligência,
Faz do ser humano
Um ser vil, cruel,
Pior que animais irracionais…
Enquanto os animais
Preservam a vida;
Pois só matam
Para comer e se defender,
Os racionais, à desprezam…
Desprezam suas próprias
Com atitudes masoquistas
E a dos outros
Com atitudes sádicas…
O pior animal;
O mais venenoso,
Defende sua cria
Desde a concepção.
O humano tão racional
Cheio de sentimentos caritativos;
Aborta, mata sua cria
Desde a concepção
Até seu último dia…
Não bebe o sangue
Tal qual um “vampiro”,
Mas banha-se nele
No caos social.
Não caça sua presa
Para se alimentar,
Mas mata após se alimentar
Da miséria de seu irmão.
Come-se debaixo da mesa
Para não dividir suas sobras…
Na confusão racional
Dessa sociedade maluca
Onde o certo é errado
E o errado é certo,
Onde os pólos iguais se atraem
E na volúpia da licenciosidade
Que com eles vai,
A morte do social
Jáz vivo, na própria sociedade…
O emburrecimento do ser
Se faz no social deste
Que dia a dia emburrece
Pelo simples fato de crescer!
O livro: “Eram os deuses astronautas”
Já revelava a ignorância da inteligência…
Hoje, a natureza também faz isso
E a inteligência dos racionais
Pelas satisfações pessoais
Não vê, nada faz e o que faz;
SEI LÁ ENTENDE? – Frase já ouvida.
Como também já foi falado:
“DEUS PERDOA SEMPRE;
O HOMEM NEM SEMPRE;
A NATUREZA NUNCA…”
E é por isso que um dia terminará.
Deus perdoará
Quem tiver que ser perdoado,
Seja vivos ou mortos;
Isso não importa.
Enquanto isso, nos matamos,
Do ventre à idade adulta
E quando não conseguimos
A natureza sábia, segue seu curso!…

José Roberto P. Monteiro – SCSul – SP – 20/05/10 [email protected] [email protected]

A LIBERDADE QUE OS ESTADOS OMITEM

Desobrigo-me dos teus deveres, pois rejeito teus direitos; sou homem livre, pois, o planeta é minha pátria e no meu mundo não há necessidade de fronteiras e nem de viver na miséria ou mesmo na luxúria das fortunas.
ME QUERES PRA TUA RIQUEZA? HA! HA! HA! Não vais me alienar pois sou dos ventos, das terras, dos campos, das florestas, dos mares e não sou teu! Sou filho; e minha mãe é a Terra. E o meu futuro está não muito além das estrelas…

madeiraaaaaaaaaaa!!!!

YPÊ
JACARANDÁ PAU-BRASIL
JATOBÁ MOGNO E CEDRO
QUEM TE VÊ E QUEM TE VIU…
UM SER
QUE SE DIZ INTELIGENTE
TE LEVA FEITO DORMENTES
PELAS CORRENTES DO RIO…

NÃO DERRUBE NÃO DESMATE
NÃO MALTRATE A NATUREZA
A OBRA DO CRIADOR…
QUE A SELVA TAMBÉM RESPIRA
É O AR DE TODA A GENTE
AJUDE A ESPALHAR SEMENTES
MOSTRE AO MUNDO O SEU VALOR…

IMBUIA ANGICO PRETO ACAPU
CAIXETA MASSARANDUBA
CEREJEIRA CADÊ TÚ…
PEQUIÁ JACATIRÃO BACURÍ
NO LUGAR DA GARAPEIRA
SÓ CLAREIRA RESTA AQUI…

Capopi

O vale abandonado (Reginaldo A. Nunes)

Naquele vale cheio de sombras
há ao longe uma brisa a soprar.
Com a areia cobrindo as folhas
que o sol as fez secar.

Em meio à paisagem morta;
existe o vulto de um vazio.
Vê-se um leito pairando seco,
no local onde houve um rio.

As àrvores esperam pelo canto,
que havia antes e não há agora;
pois os pássaros que ali moravam, ao longe vão… e vão embora.

Aos poucos vai se apagando,
um brilho atrás do monte.
Acaba-se a luz e com ela o dia,
bem distante no horizonte.

Lentamente um manto negro,
sinistro e um tanto bonito,
abriga a terra esquecida
e o luar faz-se infinito.

Ficando só com a solidão,
na imensidão que é o seu ninho.
Dorme em paz na madrugada,
pra sempre eterno…sempre sozinho.

INCOMPREENSIVELMENTE

Cresce uma planta árvore ser

Entre a floresta se ergue,

Dias, anos e séculos.

Nos esquecemos do seu bem

Perdemos em memória,

Como é depois seu sofrer.

Quando o bicho homem

Se lembra

Entre muitas as abater.

No seu decrescimento

Sendo este o maior perigo,

Deixem por favor…

(todas as árvores crescer!)

Com esta maneira de ser

A floresta está a morrer…

Seu espírito é um sacrifício

Incompreensivelmente

O bicho homem as decapita.

Florestas inteiras derrubar

As árvores matar,

Aquela bravia planta.

(que levara séculos a crescer…)

Em segundos morrer

Para o lucro

Ao homem dar.

Sem plantar

Só colher

Assim a floresta morrer…

Abril 2010

Melo

Verde

O verde é um tipo de salvação Para a nossa respiração É um desenho do descanso para Toda essa poluição.

Se continuar assim,
vai ter um problemão. Aí a nossa respiração ,
não vai mais ter solução.

A Lua

Posso ver a Lua quando chora,
O céu escurecendo ainda mais,
E caindo pequenas gotas do céu.
Logo vem chegando o Sol com todo o seu brilho, Mais forte que os pequenos raios de luz da Lua. E aos poucos a Lua vai perdendo o seu brilho.