O Rio e o Oceano…

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.

Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas,
através dos povoados,
e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nada mais é
do que desaparecer para sempre.

Mas… Não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar.

Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente.

O rio precisa arriscar-se e entrar no oceano. E somente quando ele entra no
oceano é que o medo desaparece.

Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano,
mas sim tornar-se oceano.

Por um lado é um desaparecimento e por outro lado é renascimento.

Assim somos todos nós, voltar é impossível na existência.

Você pode ir em frente e arriscar-se:
Coragem! Torne-se OCEANO!

Eliezer Lemos

CANÇÃO À NATUREZA

Os animais, as árvores
Querem sobreviver.
Vamos cooperar
Para isso acontecer.

Parem as queimadas,
Não destrua a mata.
A caça predatória,
Parem com essa estória,
Deixem os bichos
Viverem em paz,
Pra que nossas crianças
Possam vê-los, meu rapaz!

Não polua o ar,
Não polua o mar,
Os rios, as florestas…
Vamos nos empenhar
Em não destruir,
Tudo o que levou
Milhares de anos
Pra chegar onde chegou.

Assim como a gente
A natureza tem
Os mesmos direitos
De viverem bem!

vento desordeiro

Hoje o vento está nervoso e mal intencionado
Agitando o arvoredo com sua poderosa lufada
Batendo portas e janelas como um mal educado
Levantando pelas ruas o vestido da mulherada.

Vai encravando os ciscos nos olhos das pessoas
Enchendo de poeira as roupas estendidas no varal
Com o seu assovio prolongado pelo espaço ressoa
Anunciando os presságios de um grande temporal.

A vegetação se curva com o seu sopro poderoso
Espalhando pelo espaço os ninhos e seus filhotes
Prossegue o vento bufando como mostro perigoso
Provocando por onde passa a destruição e a morte.

Varrendo com a sua fúria as poeiras das estradas
Arremessando pelas alturas os restos dos telhados
Destruindo os jardins e as suas flores perfumadas
Com a força assustadora de um poderoso tornado.

Milhões de demônios desordeiros e enfurecidos
Fazendo as suas estripulias por onde eles passam
Deixando o azul do céu no horizonte escurecido
E em todas as barreias extrapolam e ultrapassam.

Açoitando sem piedade os encantos da natureza
Arrastando tudo que é encontrado pela sua frente
Devastando destruindo com selvagem malvadeza
A ventania segue furiosa impetuosa e inclemente.

Espalhando nuvens gerando no ar a tempestade
Arremessando o seu granizo cortante das alturas
Juntamente com suas chibatadas de eletricidade
E no estrondo dos trovões abalando as estruturas.

O vento que era brando e que afagava docemente
Ninguém sabe o motivo do seu mau comportamento
Mas são determinações de uma soberana lei regente
Que governa e predomina sobre todos os elementos.

o bicho da goiaba

Um mundo de delicia e nele me encontro submerso
E agradeço a minha mãe azul que aqui me colocou
Em toda minha volta descortina-se o meu universo
Perfumado e saboroso em banquete se transformou.

Como posso descrever com as palavras o que sinto
Tudo em minha volta é um doce convite ao deguste
Polpas saborosas alimentam o meu refinado instinto
Onde somente vislumbro realidade nada de embuste.

Não me preocupo com a elegância e com a estética
A minha natureza é deliciar e extravasar ao extremo
Não me preocupo com a boa forma esbelta e atlética
Nada me seduz tanto a não ser este prazer supremo.

Em lambuzar-me na essência de uma fruta madura
Que me oferece de bandeja a querida mãe natureza
Satisfazendo o meu desejo com seu amor e ternura
Por mais insignificante que um bicho de goiaba seja.

Um bicho que vive nos labirintos de uma doce fruta
Degustando com muito prazer o banquete de delicias
Cavando com prazer as profundas adocicadas grutas
De outros mundos não me interessa nenhuma notícia.

Sou um bicho feliz e me alimento somente de goiaba
Enquanto dure este banquete nela bem feliz eu viverei
Mas como em nossa vida tudo termina e um dia acaba
No final desse meu banquete para onde vou eu não sei.

Talvez eu vá parar no papo de uma ave bem faminta
Talvez eu vá ficar zanzando por ai pelo velho mundo
O que é bem provável é que a minha vida seja extinta
Por isso pretendo aproveitar até o meu ultimo segundo.

Saboreando esta delícia que a goiaba doce me oferece
Ou até quando a última polpa desta fruta madura existir
Sei que para mim um novo amanhã não mais amanhece
E morrerei bem feliz se neste momento eu me explodir.

nossa mãe natureza

A natureza tem nos lábios palavras e sorrisos
A natureza tem no olhar os tesouros do amor
Ela traz em sua alma os sentimentos afetivos
E a sua sensibilidade no perfume de uma flor.

Suas fontes jorrando suavidade pela atmosfera
Doando a fauna e a flora sua paz e o seu frescor
Seu sorriso se alarga quando chega à primavera
Extravasando beleza palas portas largas do amor.

A natureza embala toda terra e alcança as alturas
Refletindo na face radiante toda sua transparência
Estendendo a mão amorosa as indefesas criaturas
Dando a cada ser oportunidade da sobrevivência.

A natureza se expressa de forma suave e agressiva
Submisso ás leis soberanas que regem a harmonia
Beija a pétala de uma flor com uma ternura festiva
Aquece o ninho das avezinhas com sua doce magia.

Ela manifesta explosiva no ventre ardente da terra
Expelindo impurezas pela boca vermelha do vulcão
Aliviando dos elementos rubros que no seio encerra
Com objetivo de manter o equilíbrio e a preservação.

A natureza é divina coordenada pelas leis soberanas
Balança que não aceita interferências desrespeitosas
E dela depende a vida do planeta e da raça humana
A natureza representa para nós a nossa mãe amorosa.

No mundo da Lua

Me sinto como um urso velho
Estou confuso, perdido na estação
Acordo alegre e radiante no inverno
Para abraçar o sono no verão.

Agora entendeste, eu espero
Tamanha é a minha confusão
Queria eu ser mais esperto
Para achar nisso tudo a razão.

Há quem diga que sou louco
Eu aceito isso aos poucos
Mas na sua loucura, não me inclua.

Sou um homem como poucos
Fujo do Sol, não sou um tolo.
Acontece que eu pertenço a Lua.

a nossa mãe natureza

A natureza tem nos lábios palavras e sorrisos
A natureza tem no olhar os tesouros do amor
Ela traz em sua alma os sentimentos afetivos
E a sua sensibilidade no perfume de uma flor.

Suas fontes jorrando suavidade pela atmosfera
Doando a fauna e a flora sua paz e o seu frescor
Seu sorriso se alarga quando chega à primavera
Extravasando beleza palas portas largas do amor.

A natureza embala toda terra e alcança as alturas
Refletindo na face radiante toda sua transparência
Estendendo a mão amorosa as indefesas criaturas
Dando a cada ser oportunidade da sobrevivência.

A natureza se expressa de forma suave e agressiva
Submisso ás leis soberanas que regem a harmonia
Beija a pétala de uma flor com uma ternura festiva
Aquece o ninho das avezinhas com sua doce magia.

Ela manifesta explosiva no ventre ardente da terra
Expelindo impurezas pela boca vermelha do vulcão
Aliviando dos elementos rubros que no seio encerra
Com objetivo de manter o equilíbrio e a preservação.

A natureza é divina coordenada pelas leis soberanas
Balança que não aceita interferências desrespeitosas
E dela depende a vida do planeta e da raça humana
A natureza representa para nós a nossa mãe amorosa.