O VERDE, FONTE DE VIDA!

É preciso cuidar da vida
Zelar pela criação
Que vem sendo dizimada:
Espécies já tão escassas
O ar, o solo, as águas…
As florestas em flagelo,
Patrimônio precioso e belo
Convertido em ameaça.
O aquecimento global
A instabilidade do clima
As chuvas torrenciais
Total crise ambiental.
Apesar de todo esse caos
A vida resiste e insiste
Dá mostras de que ainda é tempo
De o homem tentar resgatá-la
Deixar de lado a ganância
O domínio, a exploração,
A sede de devastação.
Urge deixar renascer
O verde, fonte de vida!
Vida plena e abundante
Sem desmatamento e queimadas
Sem águas contaminadas;
Deixar ressurgir o verde
Em meio ao tom acinzentado
Do planeta degradado,
Verde que exprime esperança
E como natureza viva
Inspira respeito e cuidado.

Sacro

A chuva tem falas suaves
Ao se deixar ouvir, há um obter sábio da natureza
Ouvindo o pingar ininterrupto de cada minúsculo exemplar
da água, vejo também o poder que ela demonstra

O Homem, mais amado que as águas
deveria também ser suave igual aos pingos
Possui-se isto quando se fala pelo Espírito

A fala dos pingos não tem linearidade
é como uma criança, diz, fala e comunica
não calcula reverses, não trama, apenas segue falando

O falar de um pingo é semelhante a chegada de um
pequenino a um parque, quando deseja experimentar de tudo
consumindo suas forças

O pingo não é infértil
é puro
faz o que lhe é devido
vem do criador
é profético

O pingo é litúrgico
chega e se esparrama
não contesta
é manso e humilde
é suave e obediente
é sinalizador e congrega

Um beijo aos pingos da chuva
grande sacralidade do Meu Senhor.

Queria gritar ao mundo que há melhor for

Queria gritar ao mundo que a vida é bela e os dias são feitos para sermos felizes.
Queria que todos tivessem um puro olhar, para contemplar as belezas da natureza, dos acontecimentos e dos filhos de Deus.
Queria que todos compreendessem que ninguém é mais importante que ninguém.
Queria que a pressa desse lugar a esperança. E que neste esperar, os viventes pudessem respirar corretamente sem assassinar as dádivas de cada dia.
Queria que todos vivessem o seu tempo, a sua idade e sua hora.
Que as propriedades de cada ponto da natureza sejam contempladas e amadas.
Que a arte da escrita, das palavras, dos sentidos e do louvor aponte o infinito.

Que os mansos compreendam os valentes e que ambos sigam a virtuosa retidão.
Queria que o jubiloso alegrasse o triste.
Que o forte amparasse o fraco.
Que o calmo tranqüilizasse o histérico.
Queria que o rico vivesse o pobre.
Que o poderoso respirasse o amor.
Que a transpiração, a face e os sonhos expressassem quem é o verdadeiro Criador.
Que todos se entregassem ao silêncio para poder absorver e compreender a filialidade a Deus.

Em toda a natureza está impressa a divin

Quem é tão insensível diante das obras visíveis de Deus?
Como não notar?
É tão grande poder que não se permitem permanecer no invisível
Deus imprime na Natureza a sua digníssima vontade

É bonito ver a beleza da face de Deus demonstrada pela natureza
É tão lindo, é tão provocante, é tão tocante
Tens reparado? Dê-se a isto, pare e repare
Volte seu olhar, sinta, reflita, observe, absorva

Meu Deus, digo-Vos, és tremendamente Criativo, és infinitamente detalhista
Acho que foi por tantos detalhes que fizestes descansar
Se ainda não reparastes, vês quantas notas diferentes para o canto dos pássaros
E quantos maravilhosos cantos diferentes
Sem falar nos donos dos cantos, quantas penas, asas, bicos, olhos e maneiras
Pássaros trabalhadores, fiéis, cantores, companheiros, faladores, faxineiros e redentores

E as plantas, as flores, árvores. São maravilhosas
São mães, meninas, bebês
Alimentam, protegem, fazem histórias, são referências
Na verdade nas bananeiras vi o cumprimento do "Sede, pois, fecundos e multiplicai-vos"
Têm mães, avós, irmãs, netas e nunca cessam de multiplicar

As rosas dão a beleza e também a dureza
Oferecem a suavidade e a rigorosidade
São a pintura da misericórdia e a justiça
As pétalas e os espinhos
A majestade a ser conquistada

Os pingos da chuva escondem tão grande ordenamento
O sol sempre jovem
Os ventos soprando onde quer
Suavizando o rosto calorento, levando o velho e trazendo o novo

A virgindade de toda a natureza é um segredo
A unidade de toda ela é poder
Ela fala, canta, desenha, louva e sorrir

Quanto cuidado tiveste com ela, meu Deus
Como pensastes com detalhes e com carinho
Cada curva, cada descida, cada balançar
Ninguém pode cantar o que é Ela

Em toda a natureza está impressa a divindade de Deus
A simplicidade dos pombos, a prudência das serpentes,
A força dos cavalos, o olhar dos gaviões, o pulo dos gatos,
O trabalho das formigas, a fidelidade dos cães, a memória dos elefantes

Em tudo isto meu Deus, sobre toda esta boa obra,
Obras expressíveis de vossas mãos, destes-nos uma ordem
"enchei a terra e submetei-a. Dominai".
Em toda vossa obra, determinastes teu amor ao Homem.
Obra de Vossas mãos, a quem ama, por quem troca reinos, a quem destes a vida.

"Senhor, meu Deus, são maravilhosas as vossas inumeráveis obras e ninguém vos assemelha nos desígnios para conosco. Eu quisera anunciá-los e divulgá-los, mas são mais do que se pode contar". (Sl 39,6)

"Vinde admirar as obras do Senhor, os prodígios que ele fez sobre a terra". (Sl 45,9)

"pois vós me alegrais, Senhor, com vossos feitos; exulto com as obras de vossas mãos". (Sl 91,5)

"Ó Senhor, quão variadas são as vossas obras! Feitas, todas, com sabedoria, a terra está cheia das coisas que criastes". (Sl 103,24)

O Sol parece sempre de bem e do bem tamb

Jamais vi o Sol acompanhado
talvez seja por isto o seu nome
quem sabe não seja seu apelido
Mesmo ele vendo a todos ou pelo menos
a maioria, ele parece sempre estar só

Mesmo assim solitário, o sol não parece infeliz
Ele se apresenta com vigor constante
Nunca falha, parece ser pontual, mesmo que não se vê
ele se assegura que está presente em algum lugar

Ninguém o domina
muitos o consideram uma divindade, que coisa!
mas não é, ele mesmo prova isto

O Sol parece sempre de bem e do bem também
Não sei a idade dele,
sei que possui uma boa quantidade de janeiros
Quanto ao temp de vida, é ainda ele que faz esta contagem… que coisa!
Com tanta idade, não o vejo cansado
parece sempre estar jovem
Isto é o que a humanidade quer:
Ter vigor de um jovem com a experiência de um ancião

Parece bobeira falar dele, mas como não falar?!?
Está sempre presente, acontece que quando dele precisamos
passamos a desejá-lo com um ardor
que digam os praieiros, férias sem ele não existem
com que combina um bom sorvete?

As vezes muitos também deixam de agir por culpa dele. Que isto?
Que culpa ele tem? É feio falar assim, parece mais desculpa de preguiçoso
Ele vê tudo, até as coisas ocultas, mas parece ser bom de segredo
não conta nada pra ninguém, mas cuidado, ele é por excelência um revelador

Alguns dizem conhecê-lo, mas num acredito muito não, quem já esteve tão perto dele?
Confesso que não dá para entende-lo,
alguns sugerem que deve-se procurá-lo, mas com cuidado,
ao mesmo tempo deve-se evitar, mas não demais, que coisa!

No fundo o sol é legal, é camarada
posso dizer que é humilde, verdade!
ele aceita desaparecer para que outros brilhem em seu lugar
ele testemunha a vida da humanidade
ele leva o velho e não o devolve
ele trás o novo de graça e não o toma

O Sol nasceu de uma palavra: "Façam-se luzeiros"
Foi no quarto dia.
Nesta Terra ele é a maior luz
mas ele sabe que quando vier a Nova,
a Luz será Jesus.

A beleza da Natureza

Caminhamos de mãos dadas
Unidos passeamos no jardim
Tantos foram os dizeres que projetávamos
Como há coisas que não se prevê
São destinadas a ser
Lembra do rio onde sorriamos?
Brincadeiras como duas crianças
Teu fascínio renascia em mim
Teu amor a mim tudo recorda
Volto sozinha ao nosso lugar preferido
Vejo o mesmo rio e os pássaros a voarem
Mas falta-me você meu querido bem
A me acompanhar a beleza que existe na natureza
respiro o ar querendo te encontrar!