Ver e não enxergar

Quem nunca parou
E respirou fundo
Ao sentir uma suave brisa
Acalantar seu corpo?
Quem nunca sentiu-se
Cheia de energia ao sentir
O calor do majestoso sol?
Aquecer suavemente sua pele?
Quem nunca sentou em frente ao mar
Com a mente cheia de angústias
|E ao se levantar para ir embora
Sentiu a mente limpa para voar
Quem nunca entrou no mar
E após um bom mergulho
Não se sentiu cheia de vida?
Quem passou pela vida
E não sentiu nada disso
Esteve aqui só de passagem
Pois viver é mais do que respirar
É como ser amado e não amar
É como ver e não enxergar.

As borboletas

Como são lindas as borboletinhas,
Brancas, azuis e amarelinhas!
Pulam no ar como as bailarinas
Faceiras, ligeiras essas dançarinas.
É maravilhoso ver as belas borboletas
Pousarem nas rosas ou beijarem as violetas.
Livres, exibindo sua majestosa beleza
Enfeitando os altares da natureza.

A magia das histórias

A magia das histórias

Sou infantil, sem maldade
Do luzir que inda há o céu,
Por mim, cheio da bondade,
Foi-se o menino, sem véu.
Sem jovem réu.

Lá se encontra o seu ósculo,
Ó Via-Láctea! Ó Terra!
Tornou-se o lirismo nulo;
Do resplendor que não erra.
Em fulgor chulo.

Que o rapaz se conheceu,
Ame, voeje e conheça
Do medo que se perdeu…
Da sua paixão espessa
Que o fulgor leu!

Da volta sem altivez;
Luzindo, pelo trabalho
As bondades vãs em vez,
O louco rapaz; que eu calho!
Que toca a tez.

Do olhar; a tez poderosa
Ele; com o louco desejo!
Amou, a luz ardorosa
Do menino que eu já vejo;
Em luz fogosa.

Autor: Lucas Munhoz 01/03/2012

O mar lírico

O mar lírico

Fulgiu, pelos delírios como os mares…
D´água tornou-se a força, olha-me os cheiros!
Sem me tocar; pelo calor dos lares,
Se o arquejo nos gozar; os maus olheiros.

Vil, se me talhar os olhos, em bares!
Que o nosso peito sente; aos bons guerreiros…
O perfume, a batalha em meus olhares
Disse-me, eis-me o valor que orla os veleiros:

"Olho-o, no chão … Ah! Teus corpos bondosos!…
A cor azul, em meus clarões que abraça…
Do que se sente, em meus vagões fogosos."

Quer Deus nos sinta; sem vagar do mal
Tu és um doce mar, sempre se passa
Que cure o nosso bem, sem ser banal…

Autor: Lucas Munhoz 28/02/2012

Poesia: Amazônia

As aves não mais voam
Os peixes não mais nadam
Os pássaros não mais cantam
As pessoas não mais se amam.

Tudo isso por culpa do homem e a sua maldade
Tudo por culpa do homem e a sua falta de caridade.

As nossas matas desmatadas
As nossas florestas devastadas
Nossos animais em extinção
Nosso medo da poluição.

A Amazônia é nossa devemos protege lá
A Amazônia é nossa devemos ama lá.
Viva o verde, viva a Amazônia,
Viva os índios, viva a alegria.

Magno Oliveira administra o blog Folhetim Cultural: http://informativofolhetimcultural.blogspot.com/
Sábados e domingos ás 6 da manhã escreve sua coluna No Café da Manhã com Poesia.
Sua poesia Heroico Sorriso foi publicada na Antologia Poética do 1º Concurso de Poesias Augusto dos Anjos. Poesia Amazônia foi publicada na primeira edição do jornal Mídia Ambiental. Poesia Poá participou das festividades de aniversário da cidade homônima em 2009. Atualmente participa de saraus e concursos pelo país, além de trabalhar em projetos de livros que devem ser publicados num futuro breve.
Contato: [email protected] ou [email protected]

Chegou a primavera:

Olhando a paisagem de minha janela
avisto um bonito pé de paineira
as maritacas enteitam os galhos dela
numa festa animada,cheia de brincadeira.

Um perfume gostoso se espalhou pelo ar
quando o vento agitou os pés de laranjeiras
as mamangavas nervosas começaram a zuar
lá em cima nas flores do pé de paineira

A primavera se apresentou formosa
esbanjando perfume em todo tipo de flor
estendeu uma grinalda colorida e cheirosa
e cobriu cada árvore com carícias e amor.

Eu respiro o perfume suave da flor
e da minha janela eu vejo passar
borboletas bonitas de todas as cores
passarinhos e abelhas no espaço a voar.

Um joão-de- barro se agita nervoso
chama atenção da sua amada companheira
oferece o palácio que fez,orgulhoso
no furquilha mais grossa do pé de paineira.

Lá fora tudo é festa,alegria,animação
a natureza canta pois chegou a primavera
envolvido nesta onda sinto a mesma vibração
e respiro o perfume que entra por minha janela.

A Floresta Implora:

O canto sonoro de uma cigarra
no tronco frondoso de um jequitibá
espalha no espaço saudações de boas vindas a formosa dama primavera.

Mas a presença do homem que tudo domina também esteve por lá
e hoje a floresta se veste de luto
e sente saudade do verde que era.

Marcas profundas ficaram em forma de cicatrizes retorcidas
árvores centenárias que ofereciam
aos olhos um cenário tão belo.

Estendidas por terra com os troncos
despidos inertes,sem vida
vão fertilizando a terra com sua seiva de vida
e dando vida a muitos cogumelos.

A primavera chegou e com ela a força renovadora da terra,
dos galhos ressecados que alimentaram as chamas insaciáveis
surgem brotos de vida que a própria vida nos troncos encerra.

Ressurgem em festa tornando a floresta
mais verde com seus encantos intermináveis
até o próximo outono os animais
silvestres,a fauna e a flora
viverão em harmonia na civilização
do seu mundo quase particular.

Mas quando o vento sopra fumaça e fogo
trazendo a morte,a floresta implora
ao senhor Deus criador, que induza uma luz na consciência do homem, faça-o pensar que o direito da vida tem que ser respeitado a floresta é o berço dos seus habitantes.

Os ninhos recebem os recém-nascidos
em cima dos galhos eu embaixo no chão o mundo foi feito e nós fomos criados pelas mãos de Deus,todos são semelhantes
mas o ser humano é um animal que pensa,e pensa que pose fazer tudo que quer e ter o mundo nas mãos.

A Mãe Natureza:

A natureza em festa
manifesta todo amor
num lindo festival
na prece matinal
de um pássaro cantor.

A brisa perfumada
me faz mais sonhador
colibris enamorados
beijam apaixonados
ardentemente a flor.

Melodias que derramam
e se espalham pelo ar
vejo pássaros que amam
no arvoredo a cantar.

Abelhas laboriosas
vem buscar nas rosas
o mel no desabrochar.

Na suave sinfonia
transparece todo amor
tudo é paz e harmonia
nesse paraiso em flor.

O meu olhar não cansa
de ver tanta bonança
que vem do Criador.

Quanta beleza
existe por aqui
mãe natureza
não me canso de ouvir.

Declarações de amor
num suave rumor
o amor me faz sentir.

Felicidade
no peito a palpitar
a liberdade
de pássaros no ar.

Eu vejo a perfeição
de Deus com suas mãos
num eterno abençoar.