''Feliz
Apesar de não estar
Eu finjo
Uma felicidade que não sinto
Uma felicidade que não há''
(Scarlet Adams)
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''Feliz
Apesar de não estar
Eu finjo
Uma felicidade que não sinto
Uma felicidade que não há''
(Scarlet Adams)
Plácido luar
tanto céu trafega
da longínqua lua
prá chegar na Terra
Clássico luar
seduz meu verbo
aduz o acerbo
em forma de luz
Flácido luar
vem e me esparrama
pensa que me engana
com sabor de céu
Um mundo cinza
Hoje acordei mais triste que de costume, até mesmo o brilho do sol já não era tão radiante, as flores do caminho estava sem vida nem o pensar em você me trousse um pouco de paz.
Senti um amargo na boca e um aperto no coração algo quase que sufocante, uma imensa vontade vomitar todas as angustias que o tempo acumulou em mim, até mesmo as lágrimas fugiram dos meus olhos, sinto me despido de sentimentos e a cada dia que passa vou construindo um muro cada vez mais alto envolta do meu coração, quero que este permaneça isolado, e não interfira mais na minha vida (se é que a tenho).
As pedras que estão no meu caminho hoje faço questão de pisar uma a uma e sentir a dor que estas são capaz de me proporcionar, não me escondo dos meus medos, ergui a cabeça e estou enfrentando todos eles, mesmo sabendo que não serei vencedor, cansei não vou mais adiar essa derrota.
O querer
Queria cantar as virtudes da vida, mas quando abro minha boca, brotam dela apenas lamentações.
Queria banir a palavra saudade do meu repertorio, mas ao lembrar de você ela vem com mais intensidade me oprimir.
Queria contar ao mundo meus segredos, mais me contive e eles morreram comigo.
Queria poder entender o porquê nossos olhos sempre insistem em mostrar nos além do que a realidade nos oferece.
Imaginei tanta vezes…
Delirando doce
Divagando nuvem
Pensando alto
Voando leve
No teu toque mágico
Como pincel de tua tela
Pincelando norte-sul
Leste-oeste em aquarela!
Nós somos feitos do mesmo sabor
Nascidos do carmim
É sangue quente que pulsa em nossas veias
Fazemos fogo amor
Chama com chama incendeia!
E houve incêndio…
E perdida na noite escura
Pálida sem luar
Nas brasas quentes da nossa paixão restadas
Me agarro a saudade do teu toque amor amado.
E aqui
No meu peito trincado
Quebrou rachando
Deixando o desejo
Acabando sem fim
Antes da hora
Eu tive e vi
O meu amor findado…
Clarice Ferreira
O blog
www.penadeprata.blogspot.com
Sem volta
Para tudo que foi dito e vivido não há volta, o caminho percorrido é como um rio, cujas águas descem encosta a baixo em uma ida sem volta, seguindo o curso da natureza.
E seguindo este pensamento, creio que talvez a solução seja que eu perca este medo de me olhar nos olhos e enfrente-me, nem que para isto eu tenha que de certa forma ser abandonado pelo meu próprio eu, pois meus pensamentos que chegam subitamente são ruins e eles me causam medo e não consigo evitá-los, então fico refém de tais pensamentos que me aprisiona causando angústia e sofrimento.
Porque eu sempre faço tudo errado? Estou tentando me entender, talvez a solidão seja meu destino, quero mudar mais não consigo, minha personalidade já foi moldada, e por mais que eu busque palavras novas que dê sentido a cada momento de pesar por mim vivido, cria-se um abismo intransponível frente à ligação que até neste momento fazia sentido, e volto para o começo novamente sem encontrar resposta.
Deixe-me sonhar, quero tentar mudar tudo e criar uma nova história, apenas me dê a mão se acaso eu lhe pedir apóio, cansei de ficar parado assistindo aulas de solidão, já não suporto tantos dias longos e entediosos onde não há perspectivas de melhora, sou um ser complicado e me sentindo perdido, olhe para mim e procure ver em meu rosto, tente me compreender que toda vez quando me afasto e recuso a receber sua atenção e quando eu mais preciso dela e de você.
Páginas sem cores
Não faz sentido eu sorrir aqui, onde me encontro neste tempo, tão adiante de tudo que eu queria, não houve tempo para que eu pudesse me recompor, antes de mais um golpe da vida, a alegria deu-me as costas e partiu sem dizer para onde iria, e só vejo sua vaga sombra que some rumo ao horizonte, agora tanto faz, não tenho mais tempo para recompor-me, vou sendo consumido aos poucos e lentamente.
A solidão anda em círculos a minha volta, e por isso não se afasta de mim, meus planos jaz em um passado inglório, o pano de fundo da minha história não foi alegre e nem tão pouco colorido, também não continha frases bonitas que dessem incentivo, mas esse pano de fundo era enegrecido pela maldade de tudo o que me cercava, suas letras vermelhas sangravam todo o tempo, e anunciavam minhas percas que viriam em uma seqüência dolorosa e irreparável.
A cada página da minha história que o senhor do tempo passava a diante, eu me via despedindo das pessoas que amava, e ia me sentindo cada vez mais órfão de tudo, queria poder mudar esses capítulos da minha história, mas a saudade não me deixa por causa do maldito andar em círculos, só me resta sentir essa falta do que nunca tive.
Olhando-me a distância
Nada mudou, continuo revivendo as mesmas cenas de despedidas e sonhos.
Tornei-me difícil de ser compreendido, me sinto deslocado por não entender o sentido de meus atos.
Sou como um pássaro que voa bem alto e por isso não sou acompanhado por ninguém, permaneço em meu vôo solitário e desprendido de qualquer sentimento, somente meu egoísmo me basta agora, mas se me olhasse bem de perto saberia que tenho feridas abertas e estas não param de sangrar.
E por isso vôo alto, na busca de que meus machucados não sejam percebidos, e eu não venha se alvo de pena de nem um outro ser, que diferentemente de mim não enxerga o quanto também esta ferido, também não busco remédio para elas deixo que o tempo dê jeito e as cicatrizes e assim vou voando sempre no sentido contrário neste céu estranho e sem afeição.