Categoria: Depressivas

Toco a harpa de fios de metal
Num som tênue e triste
Não é ambíguo
Mas sim sutil ao ouvir

Entorpece meu coração saber
Que não tenho você
E o único consolo
é aceitar com estorvo
A maldita solidão

Quão cruel é o pensamento
Sou vitima de mim mesmo
A como eu queria clemência
Não ser executado pela tristeza

Queria poder olhar pra mim mesmo
Com os olhos da verdade
Não ser suscetível a segundas avaliações
Seguir minhas vontades e opiniões
E não dar bola para os fanfarrões

Tudo que é pensado
Pode se tornar real, se for sentido
Não pela visão
Mas pela intenção do coração
Triste escrivão

A mente desgastada pelo excesso
O coração falho pelo sofrimento
A realidade da minha dor
Não a com quem desabafar

O que ouço não me toca
Notas tristes em notas embebidas
E quando sorria
Percebia
Que a tristeza era a forma

Ouço de tudo
Mas o bom ouvinte sempre obedece
Os sons tristes das suas notas
Com sua voz de timbre
Parece que finge

Nas modeladas do ouvir
Na falsidade de cada toque
Nós fingimos que somos mais
Que a triste forma
Velha, morta e sem som

Conhecendo-me conheces tua essência
porquanto na minh’alma reside teu ser
descobrirei tua verdade por excelência
do meu olhar nada poderás esconder

sei que te vendo poderei te despir
apenas com os olhos deste coração
conhecendo teu choro e o teu sorrir
os verbos que expressam a emoção

ficará na tua lembrança aquele dia
que quiçá não destes devido valor
que a saudade não se torne agonia
por terdes deixado um puro amor

a lembrança é a espada que te corta
sangrando a carne com um arrepio
será melhor desejardes estar morta
a ter que sofrer com o calor do frio.

Olho para o espelho,
Um triste reflexo do fantasma que me tornei.
Não me lembro quando foi a última vez que sorri,
Ou que me senti feliz de verdade.
Eu ando,
Como,
Falo,
Mas sou apenas um fantasma.
Sem alma.
Sem destino.
Sem rumo,
Fazendo apenas o que me mandam.
Sofrendo,
Mas sofrendo calado.

Minhas lágrimas acabaram com tudo que tinha de errado
Meus sentimentos fugiram ao ver o estrago causado
Meu coração sofreu com a perda de minha felicidade
E minha tristeza passou a ser divindade
Meu coração batia fraco, enquanto minha mente morria aos poucos
Eu tentei fugir, mas não deu certo
Tentei fazer alguém feliz, mas nada foi concreto
Tentei chorar, porém não consegui
Tentei gritar, mas ninguém ia me ouvir
Estou sozinha agora e sem ter para onde ir

O que você faria se nunca tivesse me conhecido?
O que você faria se eu tivesse morrido?
O que você faria se ao invés de ter dito o que eu disse eu tivesse me calado?
O que você faria se pelo desespero meu coração tivesse despedaçado?
O que você faria?

Com minhas lágrimas assino o que prometi para mim, se não posso morrer, também não posso continuar assim
Não sinto meu pulso, e estou feliz desse jeito, sem amor na alma, nem sentimento no peito