Cavidade de abismo
Cuja profundidade desconhecida
Precipício sem fim
Degrada se em espanto
É um oceano desprezível
Arrancando as forças
Jogando ao abandono
Ofensivo em suas rasteiras
Tens a ações de abocanhar
Devora com difama
Causa o aborrecer ao instala se.
Categoria: Depressivas
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extinção
Extinguido foi à escravidão
Livre aos olhos da liberdade
Aboliu as pressas do carrasco
Cerviz dura e cruel
Atos abomináveis
Tornou se desprezível sem bonança
Arrogância transmitiu seu ódio
Envaidece com um só rumo
Sentimento de extravagâncias.
Promessas apenas
Promessas apenas e nada mais
Esse é o motivo de não originar
No que é verdadeiro
Mente e não desmente
É como brincar com as palavras
São multidões de palavras mencionadas
E agora o que fazer?
Foi se perdendo e entre vazio ficou
Desespero é o que restou
Como se reencontrar
Não se sabe, pois quem pode explicar.
Não esta mais a escutar
Levou no seu mudo mundo
Um abismo puxou e arrastou
Todos os sonhos teus
Deixando todos de surpresa
Indefesos no escuro apalpando como cegos
Em busca de luz que pode ainda iluminar.
Cicatrizes de um amor
Despertou o que já havia adormecido.
A minha eterna paixão de tanto tempo.
Carrego no coração as cicatrizes.
No corpo, na alma, e no coração.
São as marcas de um passado conturbado.
Não quero ter e nem viver de aventuras.
Tocaste bem na ferida, profunda de minha magoa.
Quero esquecer tanta dor, que já não lembrava.
Pois a recompensa de tristes lembranças.
É a alegria que dantes não tinha e agora,
Posso sorrir sem ter que me omitir.
Mendigues
Ao abandono do amor.
Fizeste do coração uma parede.
Isolou se ao mundo interior.
Caiu o veleiro entornou se o candeeiro.
Apagou as chamas das brasas.
Ficou como um fuzileiro.
Em tempo de guerras.
Indolência é o que não falta.
Da esperança que escapa.
Debruçada em um espaço.
Que nuvem é essa?
Pairada avisa o temporal.
Silencio profundo revela se no íntimo.
Quem dera e pudera fazer do isolado um consolado.
Abrir os olhos enxergar os novos horizontes.
Sair do sofrido e ser transferido.
Obter os sorrisos aceitar as mãos estendidas.
Meus fragmentos
Sobraram os pedaços.
Pedaços que restaram de mim.
São os fragmentos se espalhando…
Atirados pelo o soprar do vento.
Pensava que fosse a brisa a assoprar.
Mas na verdade era um furacão…
Arrastando os pedaços de mim.
Fortes vendavais repletos em suas vontades…
Quiseste reparar o erro no castelo.
Esqueceste magoou envolveu.
Tudo que foi feito não soube vê…
Com os olhos da ternura que chamou.
Mas não deste a atenção devida.
Ao amor que desprezou…
No abandono intranqüilizou.
Olhos que se afastaram
Caminho rotineiro
Passos constante
Seguidos em ritmos dos passantes.
Teus olhos viram
O que tanto chamou.
Profundos anseios.
A alma sedenta alcançou.
E logo no instante.
No repouso do teu sono.
Embalada em teus sonhos
Num piscar de olhos foste deste mundo
Aonde tanta afronta suportou
Hoje já não cansa, mas descansa.
Vivendo em outra dimensão
Onde os meus olhos ainda insistem em vê.
O que tão perto estava às garras da morte afastou.
Piedade
Arranque do peito
A flecha que faz sangrar
Não quero sentir, tampouco respirar.
Me livre da dor desse meu viver
Sou um animal ferido,
Destinado a morrer.
Oh, Deus, se me ama, me mate agora
Meu Pai, eu sei que chegou minha hora.
Arranque da alma
O ultimo suspiro
Que dorme, à noite, pra não acordar
Que come e que anda
Esperando o veneno
Ou o bêbado trôpego o atropelar
Oh, Deus se me ama, me mate agora
Meu Pai, eu sei que chegou minha hora.
Arranque dos olhos
A Grande Tristeza,
O sorriso sínico que quer descansar.
Me ponha na terra,
Nos braços da morte,
Comida pra verme quero virar.
Oh, Deus, por favor, me mate agora.
Senhor, piedade, faça dessa minha hora.
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