Meu coração vive um dilema

Depois que foste embora,
e deixaste-me na solidão.
Nunca mais fui feliz,
e nem foi feliz meu coração!

Desde então vivo chorando,
passo o teempo a lamentar.
A saudade vai aumentando,
vai aumentando sem parar.

Entristecendo o pobre peito,
que o coitado não vê jeito
de resolver tal problema.

Pois não aprendeu subtração,
só soma e multiplicação,
e sem saída,vive um dilema.

Vociferações

Não turve o vosso coração
Há noite cai de vencida
No crepúsculo ou na solidão;

Morcegos batem revoadas
Para um lugar de descanso
São almas renovadas;

Não desvie o vosso caminho
O sol tropica á luz do meio dia
São atalhos ao entardecer ou pergaminho;

Outro dia virá então…
Porém á noite cala enfurecida
Vociferações, vociferações então;

Renova-te para o seio de um desdém
Renuncias voraz
Aparta-te se te faz bem;

Sinto soar o sino da morte
Incansáveis badalos, impertinentes
O refúgio de brados insuficientes, de sorte…

Deveras o ventre de que me acanho
Deveras… Cai a noite de vencida
O soar do sino, um lugar de descanso.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Anhembi (SP) Maio de 2011, no dia 12.

Sínico Pensar

Meu amor… Há um lago de fogo no meu olhar
Arde como um corpo sedento de desejar
Abrace-o sem medo de se queimar,

Meu amor… É doce como o mel o meu desejar
Mata como a cobra e adoece em febre o seu picar
Venha minuciosamente… Venha transar;

Meu amor o tempo não espera, parece parar
Mostra-me em soluços o teu duvidar
Faço-te mulher… Por hora nos embriagar;

Veja como é profunda, a dor a cicatrizar
Meu amor sinta o meu pulso a pulsar
A fogueira que se transforma em cinza a se apagar;

O vitupério sínico transparente no meu pensar
Venha meu amor ainda é tempo de nos flagelar
Rasgar as vestes da nudez vulgar;

Meu amor… É doce e quente este meu convidar
É a vida em morte que passa sem você notar
É a morte em vida que um dia irás provar;

Meu amor…
O pecado que me atrai é que me faz deitar
E o perdão por traí-la, futilmente suplicar;

Entenda que a solidão é um martírio pra quem quer amar
É um álibi que liberta da prisão um coração que quer se enganar.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Junho de 2011, no dia 18.

FILHO DA MINHA ALMA

Quando te vi,
Tive a certeza do meu amor;
Você era tão pequeno e frágil…
Lembro-me do seu primeiro sorriso,
A sua primeira gargalhada foi durante um banho;
Estávamos eu, você e o César.
Imagem gravada na memória, no coração e na alma…
Tinha, se muito, três meses.
Mas… os seus olhos me seguiam
Tuas primeiras palavras e, principalmente, atitudes que denotavam sentimentos,
Palavra, Mamãe! Atitude, buscar minha presença, meu colo, dia e noite;
Lembra da mantinha?
Eu a mantinha em respeito a quem te deu a luz!
Fui feliz como jamais fui…
Vivi como nunca o que a vida me deu,
Tratei como nada o sofrimento e a dor.
Tirei do meu dicionário o não posso, não consigo, não vai dar;
Simplesmente aceitei, de bom grado e, com o maior amor que já pude dispender…
Você cresceu, não posso, ainda, dizer que é um homem,
Eis que ainda tem 16 anos,
Mas, seja um homem, em toda a acepção da palavra,
Integro, inteiro e indestrutível como a rocha de Gibraltar.
Não renegue suas origens,
Não reneque quem, aos trancos e barrancos te criou,
Aquela, que foi contra tudo e contra todos por você.
Mal ou bem você está criado, hoje não mais vive comigo,
Apenas fisicamente, porque, você vive comigo…
No meu coração, você é absoluto…
Na minha memória, lembranças… lembranças tantas,
Que preenchem, em parte, a minha pobre vida.
Na minha alma…Há, na minha alma!
Você é parte dela…
Sem você, minha alma chora e sofre e,
é, apenas metade.
Torrente de dor, que não caem somente dos meus olhos,
Em forma de lágrimas.
È uma dor, tão pungente, que me impede de viver;
Então…eu finjo o tempo todo que vivo!!!!

vezes

As vezes o silencio é que me faz cantar,
E a solidão
Me deixa sozinha…só com uma caneta e papel.
Paro a imaginar
Se existe escuridão
se junto a mim Deus caminha…..
tENHO CERTEZA QUE ELE ME FIGIA LÁ DO CÉU.

lugar sem saída

Está tudo diferente aqui nesse lugar
Estou ainda viva?Ou a morte é isso tudo?
Acontrário do que a gente acostumava acreditar.
Aqui não tem luz.Não respiro ar….
Ninguem me conduz…Não dá pra explicar….
"Cadê o sol"?.Ele não brilha mais?
Aonde estou?Não tem como voutar atraz!
Repenso minha vida.Em tudo que eu fis.
´Será que tem saída?O que importa é se fui feliz!