no fim

essa é a noite em que até o silêncio gritara em meu medo.
não , não ha nada a se fazer…
me cansei de fugir,
não adiarei o inevitável,
o fim é aqui
e não ha nada a se fazer.
não posso me esconde,
preciso viver esse momento
e tudo acaba aqui.
de uma forma sádica
envolvido pelo frio,
com um estranho desejo que me atrai a escuridão.
escuto vozes mas não vejo,
sei que vem das trevas onde ha outros como eu.
sinto o cheiro do sangue
e no uivo do vento,
estou totalmente só
com um estranho desejo e fascínio nessa noite
pois não ha nada a se fazer…

Meu tempo com você

Se eu pudesse te falar,
as coisas que eu não sei porque ,
são tao difíceis de descrever,
o que eu sinto por você,

mas você não tá nem ai,
pra mim nem pra você,
porem isso tudo vai mudar,
por que vou aprender a gostar,
mais de mim,
de mim do que de outro alguém,
mesmo se esse alguém for você,

eu me perco olhando pra você,
você sequer olha para mm ,
mas isso tudo vai mudar, por que vou aprender a gostar,
mais de mim do que de outro alguém,
mesmo se esse alguém for você,

e eu sei um dia você vai,
olhar pra trás e desejar,
estar comigo em outro lugar,
mas não vai me achar,
porque cansei de te esperar,
e não quero mais perder meu tempo com você.

fios de amargor

A carta que escrevo é de um acontecimento
Se puder entender o mistério envolvente
Saberás a luta que há para se restabelecer
Aos conflitos direcionados a que veio padecer
Porém ainda tem a força esperançosa
Que faz erguer-te ao animo a favorecer
Limites de linhas que ultrapassaram
Cala-se para não ferir permanece o silencio
Ouve apenas sem dizer uma palavra
Para não opinar naquilo que não entende
Vêem olhares atentos, mas distraí
Para não se perceber…
O andar, mas é mesmo que ficar
No mesmo lugar
Abraça o vento que passa
Sorrir apenas com os lábios
Coração sabe o que sente
Só não fala para não magoar
A negritude da escuridão
Ferem os olhos na busca de luz
Luz que se faz presente
Mas o parecer é tão distante
Porque abate na alma a dor
Que aos poucos atormenta
Deixando os rastos fios de amarguras
Corroí o amargor o bom é sair de vez
Do impregnado estagnado!

Exílio

Eu levanto da cama
Já quando ela não me aguenta
E vou tomar meu café…
Não me importa se já é da tarde…

E com o café vou engolindo
O dia todo, que vem pela frente,
Me enche e parece que não para…

Empanzinada eu volto à cama,
Mas começo a regurgitar o tédio
Que engoli o dia todo que veio…

Num refluxo eu empurro com o bucho
Dia após dia enojada,
Com aquela saliva de excreção
Da mentira, da injustiça
Dia após dia…

SOLIDÃO II

Senta-te ao me lado
me diz a que vem e se aqui vais ficar.
Não te quero como companheira, a sequir-me emtodos os cantos e recantos,
fantasma a seguir-me os pasos,
alma penada,
que faz penar minha alma…
Não quero vê-la no meu copo,
nem sentí-la no meu corpo.
Não sirvo prá tí, solidão!
Por isso,
vai-te daqui;
e não me siga!!!!!

SOLIDÃO I

Ah! solidão, escancara sua boca indimensionável e engole de vez,
o homem efêmero mas,
que em teu seio vive eternemente!
Cala-te solidaão.
Cessa seus sussuros de prostituta oferecida,
despudora e insaciável.
Que alicia, sacia,
e, depois se vai,
só,
sorrateira e satisfeita,
levando consigo a alma derrocada,
rendida, prostrada;
Como o vil pagamento do seu dia!!!

Em busca de verdades

Perdido em seu próprio mundo
Esqueceu-se de quem era,
Do seu nome e de sua dor.
Mesmo ao caminhar a passos lentos,
Sutilmente como um bom caçador,
Sentia medo, frio, rancor.
Em meio a tantas coisas
Sentia-se só, como um mau pecador.
Ao desafiar seus olhos em busca de verdades
Teve que conviver com a dura realidade,
De um mundo pobre e cheio de falsos vazios.