Estende a mão a erguer-se da profundeza
Onde os pés que submergem sobre as águas
Desfalecem os olhos ao pranto de um choro
Desvenda o oculto de causas horripilantes
Amotinam-se coisas vãs, que se rompem
As ataduras e expõem a liberdade
Imprudência sem limites torturante
Pássaro voante atravessa a montanha
Arco flecha aguda ferem o teu coração
Prova as pálpebras ao olhar atento
Ouve-se o gemido ao lamento
O oculto que não se sabe opaco o que a esconder
Esconde-se a verdade, onde estará a luz?
Invade pensamentos, em busca dos acontecimentos.
Que sombrio é esse que não vem à luz, manifestar.
Sei calou a voz de vez, mas há o sangue a gritar.
Se há o que fazer entre atropelos da ação.
Porque não então resolver, ouvir a voz do silencio,
Gritando sem parar querendo que a verdade chegue ao lugar!
O tempo poderá passar indagando o questionar.
Insensato coração acha ate que poderá brincar.
Mas o teu dia irá chegar, aonde não irá, mas se ocultar.
Então hão de saber a multidão, as mãos que diziam acariciar,
São as mesmas que fazem a loucura de maltratar.
Como diz o ditado: a mentira permanece enquanto
A verdade não se esclarece, ainda que dure eternidade.