O PROBLEMA

Diga para mim
Porque me tratas assim.

O que foi que fiz,
Pra ficares tão infeliz?

Fiz o que querias
Por querer te ver com alegria,
E já não posso suportar
Você pelos cantos a chorar.

Quero saber se o problema
Está em mim ou em você,
Pois desse jeito já não dá.
Não poderemos continuar!

OUTRO GRANDE DESAMOR

Machucou meu coração
Causando tanta dor,
Foi uma grande paixão
E outro grande desamor.

Ela me surgiu,
Num momento em que
O meu coração
Necessitava ter,
Alguém pra tirá-lo
Daquela solidão
E ele desarmado,
Não teve opção.

Se abriu
Deixando ela entrar.
Nem pensou,
Apenas fez se entregar.
Ele se iludiu
E quando sorria,
Levou outra rasteira,
Acabou na melancolia.

PAISAGEM BUCÓLICA DA MEIA NOITE

PAISAGEM BUCÓLICA DA MEIA NOITE

ESTA PAISAGEM BUCÓLICA
LEVA AO ALÉM.
ESTAS ÁRVORES COMPÕEM
UMA ETERNA INFINIA

OLHO UMA PLANTA
QUE INSISTEM EM
DESMATELIRIZAR-SE
NA FRENTE DOS MEUS OLHOS

LENTAMENTE
O SEU CORPO DERRETE,
EM FRENTE AOS MEUS OLHOS.

LENTAMENTE
O SEU CORPO DERRETE,
VIRA UM ÉTER AZUL ESVERDEADO
RODEIA PELO AR
NUMA VALSA PSICODÉLICA.

ME FAZ CANTAR FELIZ
ESSE É MEU UNIVERSO
SÓ EU VEJO.
HEINER

CHAMA DA PAIXÃO

Sou a poeira que cobre a estante,
Sou o grão de areia no piso da sala.
O pensamento besta dum breve instante,
A bobagem que sem pensar alguém fala.

Sou a sobra improvável da comida,
Sou o pano de chão no quintal jogado.
A mancha de sujo marcada na camisa,
Que tão safada sai num simples esfregado.

Sou o fútil, o inútil, até mesmo um morto,
Ou considero-me simplesmente assim,
Já que não queima a tempos em mim,
No coração, a chama perturbadora da paixão!

Lágrimas de Luz

Choro lágrimas de luz
Em pé, na última estação
Aguardo o trem que conduz
Reflito minha situação

Ando perdido no escuro
Tateando o melhor caminho
E não acho o que procuro
Mas sigo em frente sozinho

E a distorcida imagem
Insiste em me acompanhar
Esconde estrelas a brilhar

Fico saudoso da nitidez
Esmagado neste tormento
Quero ser eu outra vez

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Noites em Quitaúna:
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Frios Espinhos

É frio, frio o dizer
Gélido ficou meu ser
Teu poema irá fazer
Minha alma enegrecer

Muito dói-me o açoite
Das palavras dolorosas
Que a dedo noutra noite
Serviram de mau das rosas

Sei de tuas autorias
Tua amarga indiferença
Qualquer coisa tu darias

Para matar-me com prazer
Meu Deus, oh senhorita
Como é frio, frio teu dizer …

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Uma mulher verdadeira. O Liberta…

Uma mulher verdadeira… O Liberta a sua maneira.

São em dias como estes, tristes e medonhos…

Que sinto uma vontade de encontrar a mulher dos meus sonhos…

A que vai deixar-me alegre e risonho…

Livra-me de todas as mazelas, doenças…

De falsas verdades e falsas crenças…

Para ela pouco importa, Estética…

Riqueza, beleza ou pobreza…

E assim como eu, ama justiça poética…

As vezes é antagônica, retórica…

Por outras, coesa e metódica…

Aleatória e incoerente…

Racional e demente… Única.

De todas suas vestes, prefiro a clássica túnica…

Alguns a vêem como castigo…

Que não se deseja nem ao inimigo…

Penso que quando ela estiver comigo…

Seriei o melhor marido…

Distante, calado e Omisso

Fiel ao seu compromisso…

De forma etérea…

Quando deixarei parte…

Desta podre matéria…

Dando inicio a mais uma epopéia…

(Arcanjius) Adolfo gomes rocha
[email protected]