Sou louco, sou cego,
Eu me perco e assim me entrego.
Eu me prendo e assim me acho,
E um novo eu toma forma a cada manhã.
Quando durmo, meus sonhos são brincadeiras cruéis que zombam de mim.
Quando acordo percebo também que é na leveza compassada da dança, desses mesmos sonhos que vejo você chegar.
Assim criamos nosso próprio mundo juntos.
Como é estranha a dor da solidão,
Mas cada transitar do ponteiro é uma chance de mudar tudo.
Sem o sofrer a alegria não é tão voraz.
Sem a guerra não brincaríamos de paz.
E os extintos humanos determinam a morte própria do homem.
E seu sorriso ainda será meu final feliz.